terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Tallin


Quando estávamos na Polónia, nas montanhas Tatra em Zakopane viam-se placas a pedir para não dar de comer aos ursos...!

A verdade é que não vimos urso algum, com imensa pena como é óbvio, mas alguém nos disse que na Estónia havia ursos em liberdade. Marquei logo um X na ‘testa’ da Estónia para a visitar rapidamente. Porém, (até agora) a nossa incursão apenas nos levou a Tallin, a capital.
A cidade velha de Tallin, património da Unesco, salta do tempo directamente para os nossos olhos e abre-nos um sorriso de maravilhamento. No plano da arquitectura é um livro de História interactivo sempre aberto e a folhar-se a si próprio, como uma janela para séculos passados. Nem é preciso fechar os olhos e imaginar o que ali teria acontecido, basta semicerrá-los. As muralhas com as vinte e uma torres, únicas na Europa, as ruas medievais, os percursos da cidade, o sorriso das pessoas podem ser parecidos com outros da França, da Bélgica ou da Holanda mas não são iguais porque está sempre presente um dobrar de língua que se faz ouvir a cada esquina... e ninguém imagina o prazer que sinto em ouvir uma língua que não entendo...
Respeitámos a imponência da catedral Alexander Nevsky e deixámo-nos levar pelos apelos mais infantis no Museu ao Ar Livre, com dezenas de construções em madeira, que nos transporta literalmente para uma História que não se quer perder. Rimo-nos com os portugueses que ficaram abismados por encontrar uma mãe e um filho sozinhos por aqueles lados, molhámo-nos com a chuvada entre o Hotel e o porto/fronteira a caminho da Finlândia e zangámo-nos por termos levado sacos e não malas com rodas. Rimos muito e conversámos sempre.

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