quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Lisboa Capital Mundial do Livro

A propósito da nossa candidatura e da apologia das bibliotecas como palcos centrais na dinâmica duma iniciativa desta natureza, vejam aqui um apontamento da EW, Entertainment Weekly, já antigo mas com algum interesse: 18 filmes passados em bibliotecas.
Assim de repente lembro-me ainda de As Asas do Desejo, o belíssimo Os Condenados de Shawshank, Homens de Honra ou O Bibliotecário. A lista em falta deve ser grande.
Há muitos anos fiz uma proposta para elencar os filmes cujas acções se passassem em bibliotecas. Tinha acabado de entrar na faculdade e o professor apelidou o projecto de irrealizável. Ainda fiz pesquisa mas os trabalhos em curso levaram-me a abandonar a ideia.
Ver uma biblioteca como parte integrante dum filme ou como cenário é sempre agradável e fascinante. A Joanina, a do Convento de Mafra ou a de Beja, para não me alongar em exemplos, dão excelentes fornos para cozinhar imagens fortes e inesquecíveis.
Um tipo de biblioteca raramente falada, e que espero seja considerada no projecto da Capital do Livro, é a biblioteca prisional, que no cinema e na televisão tem alguma expressão. Deve ser-lhe dada uma atenção especial e um acompanhamento na promoção da leitura que conquiste estes leitores, cujo tempo é regulado de forma diferente, mas que não são menos que quaisquer outros.
Lisboa Capital Mundial do Livro deve conseguir chegar a todas as pedras da calçada, paragens de transportes públicos, copas de árvores e a todas as estátuas, mesmo aquelas que não sabemos de quem são. Esta centralidade deve conquistar cada um de nós, com uma emoção maior do que aquela que temos quando a Selecção marca golos. Viver ou pertencer à Capital Mundial do Livro deve ser um orgulho, partilhado e trabalhado, empenhado e multiplicado. O livro e a leitura são duas faces duma magia única.

Sem comentários:

Enviar um comentário