terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Círculo Polar Árctico


A minha sede de longínquo sempre me atraiu para locais a mais de muitos mil quilómetros ou mais longe e mais além. Não consigo explicar a força oculta que me faz ‘sentir bem onde não estou e só querer ir onde não vou’...
Quando cheguei ao Círculo Polar Árctico, senti-me em casa.
Não obstante ser Agosto e fazer frio e termos descoberto com tristeza que o Pai Natal morava num centro comercial, o facto de estar ali, geograficamente falando, encantou-me sobremaneira.
Nunca estivera tão a norte e, depois disso, o mais a sul que estive foi ao lado do Trópico de Capricórnio em São Paulo.
Porque me sinto interiormente felicíssima por estar nestes lugares? Não sei. Podem até ser inóspitos, não terem gente, nem bibliotecas ou outras igrejas, mas estar ali é uma conquista, uma conquista apoiada em livros lidos e páginas escritas em cada um desses locais, como uma cicatriz que sibila para sempre. A perfeição é atingida quando o meu filho me acompanha e passamos horas e dias a conversar sobre a vida, passada, presente e futura, a nossa própria vida ou a do Mundo.

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