quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

2 de Novembro de 2005

Maria José

Milhões de frases se poderiam escrever. Milhões de frases feitas e por fazer… não interessam nada: nunca ninguém conseguiu dar a conhecer verdadeiramente o que sente através da escrita… consegue-se exprimir, mas os outros, e os outros são muitos, apropriam-se da mensagem à sua maneira. Sempre diferentes. Sempre iguais.
O que verdadeiramente interessa é aquilo que eu sinto, e o eu somos nós, são eles, são todos.
A essência do sentimento só existe se for partilhada com alguém, caso contrário é anti-natural, como aprisionar a alegria numa gruta, a felicidade numa cave ou o carinho numa cela…
De repente, algo acontece… com um sorriso, mostramo-nos felizes e alegres e entregamo-nos carinhosamente, sem esforço e quase sem nos apercebermos, à fala, ao olhar, aos outros…
Estou feliz, mas esta felicidade que me provoca uma ânsia de contar a sua origem e que me faz ficar brilhante, não está parametrizada nos cânones sociais e leva-me ao silêncio e, silenciosamente, os olhos brilham… traidores! Talvez amanhã já não brilhem com esta intensidade. Talvez amanhã já tenha passado o momento de silêncio. Talvez já nem se justifique contar o que aconteceu. Mais uma vez, não interessa.
O que é certo é que se tomou uma refeição de luz, que nos aconchegou o estômago, nos fez tremer as mãos, esquecer a conversa a meio, ter o peito a rebentar de emoção, sentir um calor quase sobre-humano no corpo…
Bem, (que monotonia) nada disto interessa: não trocarei consigo uma palavra sobre o seu namorado se esse for o seu desejo. Espero que não seja… só ia aumentar a minha inveja…

Carpe Diem, Maria José e amanhã logo se vê…
Um abraço da
Camila

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