Ter quatro dias seguidos de descanso é fabuloso. Ter quatro dias seguidos de descanso é altamente dispendioso. Neste fim-de-semana prolongado fiz quase 500 quilómetros. Resolvi contá-los para ver porque raio desce o ponteiro do combustível a uma velocidade olímpica. Voltinha aqui, voltinha ali, nem se dá conta. O que contabilizo normalmente é o tempo que demoro entre sair e chegar: a casa dos meus pais ou da I. são 10min., ao supermercado são 5min., ao pavilhão onde o Duarte treina são 15 e onde joga são 10; a casa da minha irmã é 1h, ao Parque das nações são 20 ou 25 min., à Académica são 3 min. Porém, tudo somado, o que só se consegue fazer se puser o conta-quilómetros a zero, dá distâncias que à primeira vista considero exorbitantes. Ter-me-ei enganado? Volto a fazer a contagem, meço novamente a distância e verifico que estou certa.
Agora juntemos-lhe o facto de, não uma, não duas, mas três pessoas importantes terem feito anos durante o fim-de-semana e percebe-se como ficou a preços de férias no estrangeiro, mesmo não tendo comprado nada à excepção de comida, nem uma sessão de cinema, nem uma peça de roupa, nem um jornal!
Além disso cansei-me mais fisicamente do que se tivesse trabalhado os quatro dias. É certo que poupo o despertador e acordo quando o corpo perde o sono, mas a partir daí é uma cascata de andanças dum lado para outro, com gastos que, tal como os quilómetros, acabam por ser muito mais do que se dá conta, um euro aqui, dois ali, mais dois ali e mais um depósito de gasolina que leva logo cinquenta de uma assentada só, e quando os vou contabilizar sou percorrida por calafrios.
São os mesmos calafrios que me acompanham o mês inteiro rezando para que nada aconteça de extraordinário que me obrigue a gastar um cêntimo para além do estritamente necessário.
É triste trabalhar-se arduamente para se ter uma vida no fio da navalha e ouvindo os avisos que nos chegam de todos os lados sobre o aumento da precariedade da vida, assusto-me e aumentam os calafrios.
Agora juntemos-lhe o facto de, não uma, não duas, mas três pessoas importantes terem feito anos durante o fim-de-semana e percebe-se como ficou a preços de férias no estrangeiro, mesmo não tendo comprado nada à excepção de comida, nem uma sessão de cinema, nem uma peça de roupa, nem um jornal!
Além disso cansei-me mais fisicamente do que se tivesse trabalhado os quatro dias. É certo que poupo o despertador e acordo quando o corpo perde o sono, mas a partir daí é uma cascata de andanças dum lado para outro, com gastos que, tal como os quilómetros, acabam por ser muito mais do que se dá conta, um euro aqui, dois ali, mais dois ali e mais um depósito de gasolina que leva logo cinquenta de uma assentada só, e quando os vou contabilizar sou percorrida por calafrios.
São os mesmos calafrios que me acompanham o mês inteiro rezando para que nada aconteça de extraordinário que me obrigue a gastar um cêntimo para além do estritamente necessário.
É triste trabalhar-se arduamente para se ter uma vida no fio da navalha e ouvindo os avisos que nos chegam de todos os lados sobre o aumento da precariedade da vida, assusto-me e aumentam os calafrios.
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