quinta-feira, 8 de abril de 2010

Éle de livro, licor e leitura

Conta-me o V. que se partiu uma garrafa de licor e melou prái 15 livros que iam na mala de vizinhança com a garrafa. Bem... isto dá pano para mangas...
Podemos lamber os livros ou ler o licor... (linda conjugação de éles... [pensei em escrever bela, mas optei por linda para aumentar os éles...]).
Se o licor secar bem, imagino eu, os livros ficarão com uma película cristali... cristalizadora não, pois dá-me ideia que pararam no tempo; cristalina também não, obviamente; falta-me um fim para a meia palavra cristali...
Bem, ficarão com ar anizado, que mais tarde nos permitirá raspar o que antes foi líquido e solidificou e liquidificará novamente se lambermos os dedos! Nessa altura saberemos dizer do que era o licor? Espero bem que sim... e que nos traga recordações de onde o trouxemos e das pessoas que lá estavam e do tempo que fazia e das saudades com que ficámos.
Mais ainda, os livros ficarão com um cheiro doce como só os licores deixam, um cheiro tropical, logo quente, que nos trará à memória mais lembranças, momentos, palavras, musicalidade de gestos e...
Provavelmente o V. terá que comprar novos livros, mas saberá sempre que são outros e não aqueles, que se perderam em viagens com uma garrafa de licor por caminhos inesperados. E haverá coisa melhor que esta...?

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