sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Um por todos e todos por um, Bom Ano Novo

Sempre admirei a lealdade dos Mosqueteiros que Alexandre Dumas um dia me apresentou e a mera audição do lema tem em mim um efeito quase mágico, como se alguém me tivesse introduzido um chip que acciona umas células específicas do meu corpo assim que ouço Um por todos e todos por um. Esta unidade que vejo desaparecer hoje, esta disponibilidade, esta união que apenas constatamos nos livros de histórias e estórias, é matriz do que devia ser a ligação entre as pessoas, do dar em vez de receber.
Tal como ainda hoje gosto de ver um filme ou ler um livro baseado numa história verídica delirei quando soube que os três mosqueteiros e D’Artagnan eram inspirados em personagens reais e foi-me fácil, ainda mais fácil, lembrá-los de carne e osso, com defeitos e virtudes como qualquer pessoa, mas possuídos daquele sentimento de lealdade que nos leva às lágrimas e nos faz querer ser um deles.
Escolhi esta introdução para o dia 31 de Dezembro, véspera do primeiro dia dum ano que se sabe, nem se precisa adivinhar, duro, difícil, sujeito a muita privação, a dificuldades que temos que encarar como desafios e não como obstáculos, que temos que enfrentar unidos, como país, como sociedade, como pessoas que não vivem isoladas e sim em comunidade. A comunidade é cada vez mais global, mas as distâncias já não são o que eram e do longe se faz perto se essa for a nossa vontade.
Assim, na meia-noite que se aproxima para além de agradecermos pelo que temos devemos mudar o azimute dos pedidos tradicionais feitos nesta ocasião: devemos pedir por nós próprios e aqui deixo o meu pedido antecipado para o Ano Novo: quero ser mais solidária, quero ser tolerante, quero ser mais voluntária, quero ser mais disponível, quero ser mais atenta, quero ser mais essencial, quero ser mais leal, porque acredito que se formos um por todos e todos por um, seremos melhores.
Bom Ano Novo.

1 comentário:

  1. ufa! finalmente consegui aceder à tua caixinha de mensagens, criei um link do teu blog ao meu, mas não sei por que carga de poesia não tenho conseguido fazer a hiperligação, não faz mal, já cá estou! :-)

    e porque também acredito que a união faz a força, deixo-te 2011 beijinhos novinhos em folha, querida amiga!


    Heduardo

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