As minhas pretensões para fazer um Retiro são aclamadas por amigas que rapidamente agarram na ideia e aí vão elas para algures no meio dos Pirinéus, aproveitando para passar por Andorra, outra vai para uma quinta no Algarve, outra ainda para um Centro na Covilhã. Eu vou ficando porque quero companhia mas estas opções pagam-se e não consigo esticar-me assim tanto.
Com a minha determinação de mudar vários aspectos da minha vida percorro a internet em demanda de informações sobre Retiros. E encontro: retiros budistas, hinduístas, astrológicos, místicos, de ioga, de silêncio, de meditação. Institucionalmente não há nada proveniente da Igreja Católica, apenas referências em blogs particulares a momentos cuja organização não transparece, não se deixa ver.
Mando um e-mail à minha boa amiga A.I.A. (fica giro este acrónimo) a pedir informação sobre Retiros pois sei que já os fez. Aliás, lembro-me sempre da descrição do seu primeiro Retiro de Silêncio quando chegou ao pequeno-almoço atrasada como de costume e anunciou um sonoro e ribombante Bom Dia! E quando viu a cara de surpresa dos demais perante o facto de ter falado resolveu a situação distribuindo desculpas… Esta história faz-me sempre rir a valer.
A Igreja Católica não devia estar em cima das necessidades de acolhimento do seu rebanho? Vou à página do Patriarcado em peregrinação. Clico em Vida em Igreja e tenho como resposta Not Found. As outras informações são factuais. Resolvo procurar a União Budista Portuguesa na página da qual há informação para me entreter algumas horas. Vagueio por entre páginas de auto-realização e serviço universal mas não encontro verdadeiramente o que acho que procuro, talvez porque procuramos sempre o que está dentro de nós mas não conseguimos ver; porém, não podemos olhar para o nosso interior na perspectiva do umbigo, caso contrário elevamo-nos à categoria de deuses ou santos, pois essa é a tendência de cada um. Para resolver esta questão é preciso muito caminho mas eu recomendo que se comece com a aquisição e utilização dum… espelho. Mas isto eu sei. Mas quero saber mais. E quero saber em silêncio, como uma purga de gente, de mim, uma limpeza de triavilidades com as quais me encho diariamente. Porquê? Porque não tenho nada mais interessante. Preciso de fazer esta viagem, anseio por ela, não penso noutra coisa, senão em fazer este caminho, rapidamente, com urgência, como se me estivesse a queimar. Aguardo a resposta da A.I.A. e as respostas a vários mails que mandei para as mais diversas instituições em Lisboa que fazem retiros. Aguardo.
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