Contra os meus hábitos emprestei um livro a um desconhecido. O blogue serviu de intermediário e hoje fui aos Correios buscar o empréstimo que já me foi devolvido.
O livro vinha com uma nota de agradecimento que guardarei, disso não tenham dúvidas. É tão raro sermos inundados pelo sentimento pleno de contribuição para a felicidade de alguém, e o que é a felicidade se não um conjunto de bons momentos?
Para mim é também olhar em volta e ver os outros sorrirem felizes e contentes, podermos dizer, hoje fiz alguém feliz ou contribui para a felicidade de alguém!
Mas o melhor disto é podermos congratularmo-nos com a felicidade e a alegria dum perfeito desconhecido e ficarmos igualmente sorridentes.
Escrevo isto e lembro-me que a propósito de qualquer catástrofe os serviços noticiosos informam-nos, para nosso descanso, que não há portugueses entre as vítimas. Pergunto-me sempre interiormente qual a diferença? Bem sei que a ideia é sossegar eventuais familiares, mas eu sinto-me como irmã de qualquer um, independentemente da nacionalidade e sinto-o tão fundo que eu própria não gosto de o sentir assim, pois faz-me doer.
A alegria e o sentido de contribuir para a felicidade de estranhos é igual, mas ao contrário: partilham essa felicidade comigo mesmo que o não saiba, derramam-na e eu apanho-a! E foi assim que um empréstimo se transformou numa dávida, empréstimo a um estranho, dádiva de alegria para mim. Obrigada.
Aproveito para agradecer também a todos os leitores deste espaço e desejar-lhes Boas Festas. Do coração e com sorrisos.
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