terça-feira, 7 de dezembro de 2010

O Ídolo Bradshaw ou a humilhação semanal de Cláudia Vieira

Ser-se um Ídolo não é sinónimo de se ser Bom. Que o diga a pobre da Cláudia Vieira que, para além de ser engraçada de cara e de corpo, deixa tanto a desejar que se ela própria se visse e se ouvisse fugiria a sete pés. Nem ler sabe!
Mas com o facto de não saber ler – nem dizer uma palavra em inglês! – podíamos conviver sem problemas se a televisão, no caso a SIC, não a tivesse ido buscar e a humilhasse todas as semanas ao colocá-la ao lado dum João Manzarra que para além de saber ler, e de falar inglês, é ainda bem disposto e espontâneo, coisas que a Vieirinha já ouviu falar mas não sabe o que são pois ela é mais Zoolander. Ver a Cláudia Vieira e assistir a um daqueles programas em que as pessoas passam vergonhas e se humilham voluntariamente é mais ou menos a mesma coisa.
Do lado dos concorrentes o prémio da parvoíce total é ganho pela suposta prima da Carrie: ter um nome sonante ajuda a passar nas portagens da vida, o pai que já é advogado, o avô dono do banco, o apelido da Carrie de O Sexo e a Cidade.
Mas ter o caminho atapetado pode também ser sinal de atitude apatetada e isso é o que acontece nas sessões de Ídolos onde os concorrentes se chamam Sandra, Carolina, Martim, Adriano e Maria Bradshaw. Aqui até o João Manzarra nos brinda com uma dose de idiotice pois não perdem uma oportunidade de dizer o apelido da rapariga (e de o escreverem) quando os outros são identificados apenas com o nome próprio (mesmo na escrita!).
Porquê? Porque achamos tão giro e nos deleitamos e nos arrastamos e nos rebaixamos e nos humilhamos e nos estupidificamos com o que é estrangeiro? Mas atenção! Não é um estrangeiro qualquer! Porque o concorrente Adriano cujo apelido é Diouf nunca ou raramente é mencionado e porquê? Porque é preto! E apelidos de pretos não são giros, apenas têm graça e são cómicos se for para dizer mal!
Bem sei que as audiências se regem por valores que de Valores nada têm: imagino que a picardia dos elementos do júri seja propositada para vender jornais e revistas enquanto a imbecilidade da Vieira é paga a peso de ouro, Roberta Medina já usou e gastou a palavra carisma sem que alguém lhe desse um dicionário para ela procurar sinónimos e o jovem João é dos poucos elementos que faz a ponte com a normalidade. À excepção dos concorrentes. De alguns.

1 comentário:

  1. Coitada da Maria. Ela até parecia ser uma rapariga bastante discreta e simples, além de ter uma boa voz.

    A Cláudia Vieira é a pior "apresentadora" de todos os tempos, consegue ser ainda pior a "apresentar" do que a "representar".

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