terça-feira, 16 de novembro de 2010

A Cimeira versão Crómó

Saímos da Caderneta de Cromos e subimos a avenida da Liberdade em euforia, directos ao carro que tinha ficado quase em Moscavide (!), a misturar gargalhadas, a lembrar modas antigas, os kilt’s, saias em xadrez com o belo do alfinete, a suspirar pelo Sonny Crockett, com casaco branco ou sem casaco, não interessava nada. Rapidamente a conversa se cruzou com a vizinha cimeira, da qual idealizámos uma versão Cromó.
Barack Obama chegava e assim que se esticava para desentorpecer as pernocas era confrontado com as mais variadas figuras do passado dos adolescentes portugueses e era recebido pelo Presidente Cavaco que, com toda a comitiva portuguesa, saltavam e rodopiavam em plena pista de Figo Maduro com boti-botas metidas nas canelas, vigiados pela malta dos serviços secretos, todos aperaltados à Rambo.
Os jornalistas aproximavam-se de Obama mas, em vez de lhe apontarem microfones, estendiam-lhe gelados Fizz de limão e granizados Fá.
A alta hierarquia do Estado Português, ofegante e a suar abundantemente do esforço saltitão, aceitava os presentes protocolares e oferecia, com pompa, os primeiros exemplares de A Minha Agenda da Caderneta de Cromos ao presidente americano, enquanto a banda do exército acompanhava José Cid que troava Adios, adieu, auf wiedersehen, goodbye e Obama retrocedia em direcção ao Air Force One julgando que o mandavam embora com tanta despedida.
Sócrates corria, todos sabemos como o faz exemplarmente, na direcção de Obama, puxava-lhe pela manga do casaco e, como prova de amizade e pedido de desculpa, estendia-lhe um pacote de Peta Zetas. Obama ficava varado com os estalinhos e os seus secret services confundindo a coisa com algo pior, queriam começar à zarabatanada mas começava uma chuva de Fantasias de Natal e todos se rendiam e acabavam a beber leite com Milo.
Felizmente, logo a seguir chegámos a casa.

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