A voz tão simpática é de alguém da Maternidade Alfredo da Costa. Diz-me que a minha amiga está neste momento a ser operada. Não deixo de pensar na calma e suavidade da sua voz, seda pura, em contraste com o nervosismo da minha amiga, cuja operação tem sido adiada há anos, a pedido dela.
Tem medo. Medo das anestesias, medo dos hospitais, das facas e dos bisturis.
Mas chega a uma altura em que os médicos põem o ar sério, tipo mãe de criança pequena quando nos chama pelos dois nomes, e não há volta a dar, tem de ser.
Eu não tenho medo de operações, confio, acredito. Ainda assim, já liguei tantas vezes que dei por mim a pensar se a suavidade vocal da senhora seria normal ou era de propósito para mim. A bem da verdade, eu não tenho medo mas é das minhas operações.
Tem medo. Medo das anestesias, medo dos hospitais, das facas e dos bisturis.
Mas chega a uma altura em que os médicos põem o ar sério, tipo mãe de criança pequena quando nos chama pelos dois nomes, e não há volta a dar, tem de ser.
Eu não tenho medo de operações, confio, acredito. Ainda assim, já liguei tantas vezes que dei por mim a pensar se a suavidade vocal da senhora seria normal ou era de propósito para mim. A bem da verdade, eu não tenho medo mas é das minhas operações.
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