Manuel Almeida não gosta da palavra Bairro. Afirma ser um ninja e querer formar ninjas para combater o crime. O candidato mais mediático das eleições de Setembro de 2013 lembra o brasileiro Tiririca mas, por mais vontade de rir que nos dê, acaba por ser uma voz anónima que arranca de muita gente um, É parvo, é parvo, mas vai dizendo verdades...
É o taxista que conhece aquele caso com que lidou ainda ontem, é o passageiro dos transportes que ainda há dias ficou prejudicado porque o autocarro não passou, é o cidadão a quem acontecem coisas concretas e pode dar exemplo disso, levando o particular à categoria de geral.
Faltando-lhe, entre outras coisas, a dimensão do global, os concorrentes entram em paranóia com o discurso inarticulado, mostrando desagrado com as acusações de Manuel Almeida, mas não adiantando muito mais, quase com pena dele, quem seria o juiz que o condenaria fosse pelo que fosse. Ainda assim, têm escrito nas testas Mas porque é que este gajo teve que se candidatar ao mesmo tempo que eu? Como se a dimensão extraterrestre de Manuel Almeida descredibilizasse qualquer pessoa envolvida.
A dimensão pessoal assumida em tudo verbaliza acusações de ladrões e corruptos; quem não as faz? Ideias como a de fazer auditorias sem aviso prévio são palavras comuns na boca de cidadãos comuns. Afinal onde está a surpresa?
O novo Tino de Rans distingue-se do original por uma raiva contida, um desafio instintivo contra uma vida que não terá sido fácil. Procura palavras e sai-lhe especular a propósito de tudo e mais um par de botas, juntamente com mais uma história pessoal, cheia de pormenores, e eu disse, e ele disse, e depois eu disse e depois ele disse,...
Manuel Almeida é um português nato. Sabe que muita, muita, muita coisa está mal e quer que fiquem bem. Personagem digna dos Gato Fedorento contrariou a célebre tirada, Eles falam, falam, mas não fazem nada, fazendo alguma coisa: candidatando-se. E quer se queira, quer não, isso é muito importante.
Manuel Almeida lembra-nos a criação de Gil Vicente, Joane, o parvo, do Auto da Barca do Inferno, o único que tem a audácia de injuriar o Diabo, o pobre de espírito, o inocente que, mal ou bem, se opõe ao poder.
Visto na televisão e na internet é espectáculo gratuito que ninguém perde, que todos condenam, mas a quem silenciosamente se acaba por dar uma certa razão.
É o taxista que conhece aquele caso com que lidou ainda ontem, é o passageiro dos transportes que ainda há dias ficou prejudicado porque o autocarro não passou, é o cidadão a quem acontecem coisas concretas e pode dar exemplo disso, levando o particular à categoria de geral.
Faltando-lhe, entre outras coisas, a dimensão do global, os concorrentes entram em paranóia com o discurso inarticulado, mostrando desagrado com as acusações de Manuel Almeida, mas não adiantando muito mais, quase com pena dele, quem seria o juiz que o condenaria fosse pelo que fosse. Ainda assim, têm escrito nas testas Mas porque é que este gajo teve que se candidatar ao mesmo tempo que eu? Como se a dimensão extraterrestre de Manuel Almeida descredibilizasse qualquer pessoa envolvida.
A dimensão pessoal assumida em tudo verbaliza acusações de ladrões e corruptos; quem não as faz? Ideias como a de fazer auditorias sem aviso prévio são palavras comuns na boca de cidadãos comuns. Afinal onde está a surpresa?
O novo Tino de Rans distingue-se do original por uma raiva contida, um desafio instintivo contra uma vida que não terá sido fácil. Procura palavras e sai-lhe especular a propósito de tudo e mais um par de botas, juntamente com mais uma história pessoal, cheia de pormenores, e eu disse, e ele disse, e depois eu disse e depois ele disse,...
Manuel Almeida é um português nato. Sabe que muita, muita, muita coisa está mal e quer que fiquem bem. Personagem digna dos Gato Fedorento contrariou a célebre tirada, Eles falam, falam, mas não fazem nada, fazendo alguma coisa: candidatando-se. E quer se queira, quer não, isso é muito importante.
Manuel Almeida lembra-nos a criação de Gil Vicente, Joane, o parvo, do Auto da Barca do Inferno, o único que tem a audácia de injuriar o Diabo, o pobre de espírito, o inocente que, mal ou bem, se opõe ao poder.
Visto na televisão e na internet é espectáculo gratuito que ninguém perde, que todos condenam, mas a quem silenciosamente se acaba por dar uma certa razão.
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