Quem me quiser encontrar a partir do próximo mês é na Rua Alexandre Herculano, na loja da Cartier.
Serei eu e as minhas colegas que ganham setecentos euros por mês.
Afinal as jóias valorizam imenso e nós temos a mania de gastar tudo em sítios tão brega e em coisas que simplesmente desaparecem, como por exemplo no supermercado a comprar comida.
Já lhes disse que comida toda a gente compra. Ou arranja, ou rouba. Agora, jóias, isso é outra conversa... quem é que é cliente da Cartier? Seremos nós!
O meu processo de convencimento passa por alegrar a relação delas com os maridos, filhos e vizinhança em geral, por exemplo. O meu próprio filho está farto e cansado das mesmas coisas e vai adorar uma mudança; matam-se dois coelhos com uma cajadada: como ele deixou de ir aos treinos está mais gordo, deixaremos de comer e ficaremos elegantérrimos, com a mais valia de eu andar a passear pedras diversas, quiçá diamantes, no metro e no elevador lá do prédio, arrastando um brilho que será venerado. A isto chama-se serviço social!
Além disso, haverá garantidamente uma brutal diferença na minha performance diária com o computador... já me imagino a escrever com safiras nos dedos e esmeraldas nos pulsos, que tilintarão ao ritmo do teclar, provocando um suave murmúrio tão chique que antecipadamente me sinto percorrer por uma onda de prazer.
Estou tão contente por terem escolhido um local onde passo todos os dias para abrir a loja, que ninguém imagina. Com a abertura da Cartier, a partir do mês que vem aquele cruzamento já não terá só a fantástica e super útil loja que lá abriu há tempos e está aberta 12 meses por ano: a Lapland Store, cuja conveniência é total e a oportunidade, principalmente agora nos meses de Verão, é enorme.
Os tipos da Lapland Store são espertíssimos e não perdem uma ocasião de negócio, razão pela qual colaram nas montras, cheias de neve e renas, uns papéis a dizer que tratam do IRS.
Se os da Cartier não quiserem perder clientela eu sugiro que montem algures num balcãozinho uma mini-loja do cidadão. Isto é marketing. Isto é visão. Isto é génio. Não precisam de me agradecer, eu gosto de ajudar.
Serei eu e as minhas colegas que ganham setecentos euros por mês.
Afinal as jóias valorizam imenso e nós temos a mania de gastar tudo em sítios tão brega e em coisas que simplesmente desaparecem, como por exemplo no supermercado a comprar comida.
Já lhes disse que comida toda a gente compra. Ou arranja, ou rouba. Agora, jóias, isso é outra conversa... quem é que é cliente da Cartier? Seremos nós!
O meu processo de convencimento passa por alegrar a relação delas com os maridos, filhos e vizinhança em geral, por exemplo. O meu próprio filho está farto e cansado das mesmas coisas e vai adorar uma mudança; matam-se dois coelhos com uma cajadada: como ele deixou de ir aos treinos está mais gordo, deixaremos de comer e ficaremos elegantérrimos, com a mais valia de eu andar a passear pedras diversas, quiçá diamantes, no metro e no elevador lá do prédio, arrastando um brilho que será venerado. A isto chama-se serviço social!
Além disso, haverá garantidamente uma brutal diferença na minha performance diária com o computador... já me imagino a escrever com safiras nos dedos e esmeraldas nos pulsos, que tilintarão ao ritmo do teclar, provocando um suave murmúrio tão chique que antecipadamente me sinto percorrer por uma onda de prazer.
Estou tão contente por terem escolhido um local onde passo todos os dias para abrir a loja, que ninguém imagina. Com a abertura da Cartier, a partir do mês que vem aquele cruzamento já não terá só a fantástica e super útil loja que lá abriu há tempos e está aberta 12 meses por ano: a Lapland Store, cuja conveniência é total e a oportunidade, principalmente agora nos meses de Verão, é enorme.
Os tipos da Lapland Store são espertíssimos e não perdem uma ocasião de negócio, razão pela qual colaram nas montras, cheias de neve e renas, uns papéis a dizer que tratam do IRS.
Se os da Cartier não quiserem perder clientela eu sugiro que montem algures num balcãozinho uma mini-loja do cidadão. Isto é marketing. Isto é visão. Isto é génio. Não precisam de me agradecer, eu gosto de ajudar.
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