Vou ao Jardim Botânico comprar um livro de desenhos de Mutis. Na entrada explico que não tenciono visitar o JB mas apenas aceder à Biblioteca, Livraria, Centro de Documentação, o que seja. A rapariga que vendia as entradas diz-me que não há nada disso no JB e aponta-me uma barraca que vende pacotes com sementes e folhetos explicativos da melhor altura para plantar ervilhas-de-cheiro. Digo-lhe que o que procuro não está decididamente ali, mas ela continua a indicar-me a loja das plantas enquanto me faz sinal para que me desvie pois a fila cresce atrás de mim. Insisto, digo-lhe que estão à minha espera! Acreditou na minha mentira e lá agarrou no telefone conseguindo fazer-me até sorrir pois disse que estava ali uma ‘chica’ que procurava a livraria ou a biblioteca. Lá a esclarecem e com um pedido de desculpa indica-me a localização: fica exactamente do lado oposto onde estávamos. Vou até lá e sou recebida como se fosse a própria Rainha Sofia: era a única cliente.
Depois duma agradável conversa com a bibliotecária, de me ter informado que tudo o que eu queria estava online com as respectivas indicações para a autorização de publicação, de me ter oferecido lâminas com imagens, uma delas belíssima, com a correspondência que Lineu fez da botânica para o alfabeto, fiz-lhe a reclamação sobre o incidente à entrada.
Contou-me que recebiam e-mails de pessoas a dizer que estiveram à porta do JB mas não encontraram a Biblioteca, que os problemas de comunicação eram muitos e que quase não acreditava que eu, estrangeira, ali tivesse conseguido chegar; que era uma situação recorrente e que não se conseguia fazer nada.
Sorri, despedi-me e pensei que afinal não é só em Portugal que estas coisas acontecem: identifica-se um problema, a solução é duma facilidade atroz e, no entanto, encolhem-se os ombros e deixa-se a tradição continuar a ser como era.
Depois duma agradável conversa com a bibliotecária, de me ter informado que tudo o que eu queria estava online com as respectivas indicações para a autorização de publicação, de me ter oferecido lâminas com imagens, uma delas belíssima, com a correspondência que Lineu fez da botânica para o alfabeto, fiz-lhe a reclamação sobre o incidente à entrada.
Contou-me que recebiam e-mails de pessoas a dizer que estiveram à porta do JB mas não encontraram a Biblioteca, que os problemas de comunicação eram muitos e que quase não acreditava que eu, estrangeira, ali tivesse conseguido chegar; que era uma situação recorrente e que não se conseguia fazer nada.
Sorri, despedi-me e pensei que afinal não é só em Portugal que estas coisas acontecem: identifica-se um problema, a solução é duma facilidade atroz e, no entanto, encolhem-se os ombros e deixa-se a tradição continuar a ser como era.
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