sexta-feira, 2 de setembro de 2011

O que chateia mesmo é...

A grande injustiça que se consubstancia no mau tempo nesta altura do ano, que nos deu um Agosto tão pobre em sol e um Setembro com ar de Novembro, acaba de ser explicada na rádio: foram despedidas várias mãos cheias de funcionários dos tribunais quando deviam eram ter sido admitidos mais! Não havendo quem trate de toda aquela papelada isto é um regabofe com o Outono a exercer a sua jurisprudência sem ninguém lhe ter pedido nada. Ou então, como diz Oscar Wilde ‘O Velho Mundo tem tal excesso de população que não há forma de se conseguir clima decente para todos’.
Talvez por sermos muitos, afiam-se as facas para os cortes na Saúde: vai escorrer sangue, quentinho, cabidela não há-de faltar, depenados já estávamos, isto é uma sequência lógica. As dores de cabeça causadas pelo preço dos livros escolares serão tratadas à moda antiga, com rodelas de batata à volta da testa e com um lenço a apertar e quem decida falecer nem vale a pena chamar os Bombeiros Voluntários de Mafamude, é falecer já!
Repete-se até à exaustão a expressão ‘corte na despesa’ que quando é verdadeiramente interiorizada significa que somos todos azuis, mas uns são azuis-escuros e outros azuis-claros.
Aumentam os impostos, fecham empresas, aumentam os impostos, despedem-se pessoas, aumentam os impostos, a segurança social cambaleia em estado terminal, anunciando a morte a qualquer momento e nós rezamos que não, por favor, e pedimos mais por ela que por qualquer elemento da família, amigo ou conhecido que esteja com os últimos estertores.
E no meio disto tudo o que chateia mesmo, mesmo, mesmo, é Setembro não ter um único feriado. Bolas!

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