Saio do hotel convicta que o passeio até à Universidade é coisa de crianças. Avenida Carranza abaixo, Alberto Aguillera acima e decido perguntar pela primeira vez. Vou bem, mas sugerem-me que apanhe um autocarro.
- No, gracias, a mi me gusta camiñar.
Como não fui explícita, vejo-me diante duma Faculdade da universidade, mas que não fica no campus.
Nova pergunta, nova sugestão sobre o meio de transporte a apanhar.
- No, gracias, a mi me gusta camiñar.
Ora bolas, não há-de ser assim tão longe, pensa a minha teimosia.
Com o estúpido objectivo de ver uma montra, eu que até nem gosto, acabo por me meter por um atalho e confiar no meu inconfiável sentido de orientação.
Nova pergunta, a mesma sugestão do autocarro, e logo eu:
- No, gracias, a mi me gusta camiñar.
Chego ao Museu da América e avisto o nome da Universidade do outro lado da estrada. Porém, o piso é desnivelado, a estrada é uma via rápida – que nem parece pois está tudo parado – e tenho que ir até ao fundo da rua e numa rotunda passar para o lado contrário até ao edifício que diz Universidade Complutense.
Finalmente!
A uma das entradas pergunto pela Biblioteca central e digo o nome da pessoa que me espera.
Dizem-me que não é ali e que apanhe o autocarro G, que me deixará à porta.
Há uma hora e quarenta e cinco minutos que saíra do hotel e agora sim, estava no momento certo de aceitar as sugestões de meia Madrid. Entrei a pensar que gastara 1,5€ por uns cem metros, mas nove paragens à frente os meus pés agradecidos sorriram-me pela primeira vez nesse dia.
O acolhimento foi efusivo, a simpatia grande; a meio da manhã na cafetaria o número de bibliotecários por metro quadrado fazia aquilo parecer um congresso, com a diferença que nos congressos só me falam os conhecidos e ali fui apresentada a todos, distribuindo apertos de mão e repetindo ‘Encantada’ como uma máquina. Mas a verdade é que estava mesmo encantada.
Quase às três da tarde saí e apanhei o primeiro autocarro que passou que, infelizmente, me deixou a meio caminho. As roeduras nos pés falaram mais baixo e fiz o resto do percurso a pé. Passei pelo hotel, tomei banho e saí fresca como uma alface para a tarde madrilena, quente e acolhedora.
Amanhã há mais, com trabalho sério, reuniões marcadas, mas a tarde será no Prado.
- No, gracias, a mi me gusta camiñar.
Como não fui explícita, vejo-me diante duma Faculdade da universidade, mas que não fica no campus.
Nova pergunta, nova sugestão sobre o meio de transporte a apanhar.
- No, gracias, a mi me gusta camiñar.
Ora bolas, não há-de ser assim tão longe, pensa a minha teimosia.
Com o estúpido objectivo de ver uma montra, eu que até nem gosto, acabo por me meter por um atalho e confiar no meu inconfiável sentido de orientação.
Nova pergunta, a mesma sugestão do autocarro, e logo eu:
- No, gracias, a mi me gusta camiñar.
Chego ao Museu da América e avisto o nome da Universidade do outro lado da estrada. Porém, o piso é desnivelado, a estrada é uma via rápida – que nem parece pois está tudo parado – e tenho que ir até ao fundo da rua e numa rotunda passar para o lado contrário até ao edifício que diz Universidade Complutense.
Finalmente!
A uma das entradas pergunto pela Biblioteca central e digo o nome da pessoa que me espera.
Dizem-me que não é ali e que apanhe o autocarro G, que me deixará à porta.
Há uma hora e quarenta e cinco minutos que saíra do hotel e agora sim, estava no momento certo de aceitar as sugestões de meia Madrid. Entrei a pensar que gastara 1,5€ por uns cem metros, mas nove paragens à frente os meus pés agradecidos sorriram-me pela primeira vez nesse dia.
O acolhimento foi efusivo, a simpatia grande; a meio da manhã na cafetaria o número de bibliotecários por metro quadrado fazia aquilo parecer um congresso, com a diferença que nos congressos só me falam os conhecidos e ali fui apresentada a todos, distribuindo apertos de mão e repetindo ‘Encantada’ como uma máquina. Mas a verdade é que estava mesmo encantada.
Quase às três da tarde saí e apanhei o primeiro autocarro que passou que, infelizmente, me deixou a meio caminho. As roeduras nos pés falaram mais baixo e fiz o resto do percurso a pé. Passei pelo hotel, tomei banho e saí fresca como uma alface para a tarde madrilena, quente e acolhedora.
Amanhã há mais, com trabalho sério, reuniões marcadas, mas a tarde será no Prado.
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