Ontem o metro revelou-se um manancial melhor que nunca: não uma, mas duas conversas dignas de registo, vieram parar aos meus ouvidos.
Em pé iam dois homens que conversavam sobre a capacidade dos telemóveis afectarem os comandos de abertura dos carros quando colocados lado a lado! Um deles, descrente, abanava a cabeça face à certeza do outro que ia argumentando com explicações tão técnicas que nunca me ocorreria associá-las a uma chave… Estou indecisa sobre se passarei a usar duas malas para levar as chaves e o telefone em secções separadas.
Mas diante de mim seguiam duas jovens cuja conversa devia ter sido gravada para que a humanidade pudesse ter acesso a mais uma novidade, fruto da criatividade lusitana, da necessidade premente de contacto que todos sabemos ser desesperada.
Uma das raparigas ia dar um jantar – acho que ainda vai… - mas a mesa terá uma particularidade única no mundo: para além de uma plêiade de pratos e talheres e copos e marcadores e guardanapos e flores haverá também… - que rufem os tambores! – um lugar para o telemóvel de cada comensal!
Mas como é que ainda ninguém se tinha lembrado disto? Como é que sobrevivemos até hoje?
A interlocutora esteve à altura e rasgou sorrisos e elogios reforçando a originalidade da coisa. A promotora do jantar explicou que os telefones repousarão nuns pratinhos parecidos com aqueles onde se servem as azeitonas e disse-o com olhos brilhantes, tresandando alegria, tão contente consigo mesma que o lugar onde se sentava até ficou mais pequeno.
Isto fez-me lembrar uma historieta que se conta lá na terra sobre dois sujeitos que foram a um jantar fino, eles que tratavam a enxada por tu o dia inteiro e comiam a merenda com as mãos, sentados a uma sombra. Durante o jantar comeram azeitonas e trocaram olhares sobre o que fazer com os caroços. Quando saíram perguntaram-se mutuamente por eles; um abriu o bolso do casaco mostrando-os e o outro confessou que os tinha engolido.
A bem da verdade já me passou pela cabeça meter um ou outro telefone pela boca abaixo dos donos. Talvez seja uma estratégia…
Em pé iam dois homens que conversavam sobre a capacidade dos telemóveis afectarem os comandos de abertura dos carros quando colocados lado a lado! Um deles, descrente, abanava a cabeça face à certeza do outro que ia argumentando com explicações tão técnicas que nunca me ocorreria associá-las a uma chave… Estou indecisa sobre se passarei a usar duas malas para levar as chaves e o telefone em secções separadas.
Mas diante de mim seguiam duas jovens cuja conversa devia ter sido gravada para que a humanidade pudesse ter acesso a mais uma novidade, fruto da criatividade lusitana, da necessidade premente de contacto que todos sabemos ser desesperada.
Uma das raparigas ia dar um jantar – acho que ainda vai… - mas a mesa terá uma particularidade única no mundo: para além de uma plêiade de pratos e talheres e copos e marcadores e guardanapos e flores haverá também… - que rufem os tambores! – um lugar para o telemóvel de cada comensal!
Mas como é que ainda ninguém se tinha lembrado disto? Como é que sobrevivemos até hoje?
A interlocutora esteve à altura e rasgou sorrisos e elogios reforçando a originalidade da coisa. A promotora do jantar explicou que os telefones repousarão nuns pratinhos parecidos com aqueles onde se servem as azeitonas e disse-o com olhos brilhantes, tresandando alegria, tão contente consigo mesma que o lugar onde se sentava até ficou mais pequeno.
Isto fez-me lembrar uma historieta que se conta lá na terra sobre dois sujeitos que foram a um jantar fino, eles que tratavam a enxada por tu o dia inteiro e comiam a merenda com as mãos, sentados a uma sombra. Durante o jantar comeram azeitonas e trocaram olhares sobre o que fazer com os caroços. Quando saíram perguntaram-se mutuamente por eles; um abriu o bolso do casaco mostrando-os e o outro confessou que os tinha engolido.
A bem da verdade já me passou pela cabeça meter um ou outro telefone pela boca abaixo dos donos. Talvez seja uma estratégia…
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