quinta-feira, 17 de junho de 2010

Dinheiro: oferece-se!

Só hoje já apaguei quatro mensagens do telemóvel onde me oferecem mundos e fundos!
Uma operadora de telefones que até parece que me paga para eu gastar ainda mais;
Uma grande superfície que tem os preços mais baratos do universo, do planeta ou dum continente qualquer, agora não me lembro;
Um banco, cuja mensagem é tão grande que vem dividida em duas, com têáégês e tanes e mais não sei o quê;
Outro banco que me empresta uma quantidade MUITO considerável de dinheiro, sem me conhecer de lado algum (se eu precisasse e o fosse pedir emprestado, era um sarilho!).
Pior que a publicidade que me põem na caixa do correio e me deixa fula e danada, só estas mensagens onde imagino sempre alguém lá do lado de lá, a acenar com um maço de notas na mão, sorridente e dentes brancos, a aliciar-me, levantando ao de leve as sobrancelhas, chamando-me, tentando-me.
Mas que raio... eu não tenho dinheiro para pagar o que devo quanto mais para me meter em cavalarias! Mas a pressão é tão grande, tão insistente, tão teimosa que até chego a compreender quem cai na tentação.
A legalidade destas coisas deixa-me dúvida: eles poderão mesmo fazer isto, insistir de tal forma que nos metem o dinheiro na mão, connosco a dizer não, não, não, e depois vêm buscá-los a grossas prestações mensais? Não sei e acho que nunca saberei porque se me pusesse a esgravatar e descobrisse que não o podiam fazer, metia-os num barco sem fundo no alto mar, como costumava dizer o meu avô!

1 comentário:

  1. olá! passei por intermédio de uma amiga sua, Manuela, vim, então, espreitar o teu espaço. dei conta que há muito que o não actualizas. olha que é um lugar obrigatório para todos nós que gostamos de fazer amor com as palavras!

    um beijo imenso!

    voltarei.


    Heduardo

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