quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Hip Hip Hurray, Ebenezer Scrooge!

A crosta terrestre pode sofrer as rupturas que sofrer que nunca me preocuparei com ela, ou melhor, é uma preocupação relativa, ai sim? isso deve ser grave... digo eu emitindo um ai sim com ponto de interrogação no final que não diz nada, nem mostra curiosidade, interesse ou seja o que for, e terminando com um isso deve ser grave que calha bem mas que, igualmente, expressa zero, no máximo estupidez e ignorância.
Eu sei que sem crosta terrestre esta bolinha a que chamamos planeta era outra coisa qualquer, mas também sei que as eventuais rupturas não trarão qualquer ruptura à minha vida.
Assim, a decomposição, a desagregação, a erosão ou qualquer outro ão não me tiram o sono e as mudanças de clima só me dizem que chegou a altura de mudar a roupa do roupeiro de Verão para Inverno e vice versa passados uns meses.
Estaria doida se fosse solidária com o intemperismo! Convivemos e já chega! Eu nem o menciono e ele não me provocará durante a minha vida, curta, muito curta, comparada com a vida destes fenómenos.
Passa-se o mesmo com a pobreza: quando cá cheguei já cá estava e vai continuar a estar quando me for embora, por que devo ser solidária ou preocupar-me?
Mais ainda, a bem da verdade, nem sei bem do que estão a falar, como vou ser próxima ou activa junto de qualquer coisa que desconheço? Isto é como as máquinas, o melhor é não mexer nos botões para não estragarmos nada.
Por outro lado ainda, isto as coisas estão sempre a mudar e nunca se sabe, imaginem que a coisa é contagiosa? Vai uma pessoa ser solidária com quem tem menos ou precisa e pumba, de repente vê-se também a precisar e a ter menos.
Esta é a conclusão lógica: se partilho fico com menos, o melhor é guardar.
Vem esta reflexão digna de Nobel a propósito do estudo feito recentemente pela Universidade Católica e pelo Instituto Luso-Ilírio para o Desenvolvimento Humano que concluiu que os mais ricos e instruídos são menos solidários.
Não sei quanto pagaram pelo estudo mas eu ter-lhes-ia dito o mesmo de graça.
O facto de se conhecer na pele uma determinada necessidade alerta o nosso consciente, subconsciente e até as raízes capilares sobre os outros. E é bom não esquecermos que nós também somos os outros.

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