Num dos filmes
lamechas que eu adoro – grande história de amor, índios, ursos, cavalos,
guerra, um veleiro, secundário é certo, mas está lá, e muitos olhos azuis,
daqueles que são excepção, como os de Anthony Hopkins ou Aidan Quinn, e os
verdes de Brad Pitt – há uma cena que não esqueço: matam-se uns tipos que mereciam
mesmo desaparecer da face da terra e um índio dança em volta deles afirmando que
adorava tirar-lhes o escalpe, mas não pode porque não foi ele que os matou.
Da mesma forma
fartei-me de rir e fiquei com pena de não ter ouvido em primeira mão – expressão
curiosa – a conversa que uma amiga ouviu hoje no metro.
Uma companheira de
viagem veio o tempo todo ao telefone discutindo com outra os pormenores do
aluguer de uma casa. Que não ficasse com aquela, que era cara demais, grande
demais, não precisava de tanto, era só uma. Do outro lado, argumentavam e das
respostas percebia-se que dizia que a cozinha estava equipada com móveis encastrados.
Encastrados? Isso é exactamente o quê? Encastrados são todos os electrodomésticos,
ora essa, o tambor da máquina de lavar está sempre encastrado no meio da máquina,
o recipiente do detergente encastrado num dos cantos superiores, o congelador
encastrado na parte de cima do frigorífico e por ai fora, então a outra não
sabia que os electrodomésticos hoje em dia são todos stand by?
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