O Ouro dos Corcundas é escrito a ouro em barra, daquele que sabemos existir mas raramente se vê e nunca se usa; no entanto, vive.
A estória mergulha-nos na história com palavras novas-velhas, próprias, certas, fidedignas. Pedristas e Miguelistas agridem-se à pedrada e enquanto isso as pessoas normais continuam com as suas vidas.
Paulo Moreiras mostra-nos como as pessoas normais se podem transformar em heróis e leva-nos de observadores nas andanças de Vicente Maria como se caminhássemos a seu lado, magia feita através da linguagem que optou por usar, impecável, rica, dinâmica e viva, muito viva, provando que o passado também está vivo, de boa saúde e recomenda-se.
Nada foi deixado ao caso e a bibliografia final é prova disso: ali se buscou verdade para a descrição de roupas e trajes, dizeres, modas e canções, descrição de armas e aldeias, transformando a leitura numa lição de história da vida pública e privada, onde os pormenores são cuidadosamente tratados.
O linguajar utilizado é uma música solene de tal forma que nem dei atenção à composição da travessa com rodelas de morcela e queijo partido aos quadrados, cuja forma me trás algumas dúvidas, por actual.
Concordo que a primeira tentação é anunciar Vicente Maria Sarmento como o protagonista do livro, mas assim que se começa a ler ficamos indecisos se esse lugar não pertence à linguagem, à forma de expressão, que cria imagens impossíveis de criar se o palavreado fosse outro.
A ler e reler, a oferecer, a emprestar – que me desculpe o Autor por esta última forma.
O Ouro dos Corcundas é da Casa das Letras, que lhe escolheu capa a condizer, magnífica, e nos brindou com badanas.
A estória mergulha-nos na história com palavras novas-velhas, próprias, certas, fidedignas. Pedristas e Miguelistas agridem-se à pedrada e enquanto isso as pessoas normais continuam com as suas vidas.
Paulo Moreiras mostra-nos como as pessoas normais se podem transformar em heróis e leva-nos de observadores nas andanças de Vicente Maria como se caminhássemos a seu lado, magia feita através da linguagem que optou por usar, impecável, rica, dinâmica e viva, muito viva, provando que o passado também está vivo, de boa saúde e recomenda-se.
Nada foi deixado ao caso e a bibliografia final é prova disso: ali se buscou verdade para a descrição de roupas e trajes, dizeres, modas e canções, descrição de armas e aldeias, transformando a leitura numa lição de história da vida pública e privada, onde os pormenores são cuidadosamente tratados.
O linguajar utilizado é uma música solene de tal forma que nem dei atenção à composição da travessa com rodelas de morcela e queijo partido aos quadrados, cuja forma me trás algumas dúvidas, por actual.
Concordo que a primeira tentação é anunciar Vicente Maria Sarmento como o protagonista do livro, mas assim que se começa a ler ficamos indecisos se esse lugar não pertence à linguagem, à forma de expressão, que cria imagens impossíveis de criar se o palavreado fosse outro.
A ler e reler, a oferecer, a emprestar – que me desculpe o Autor por esta última forma.
O Ouro dos Corcundas é da Casa das Letras, que lhe escolheu capa a condizer, magnífica, e nos brindou com badanas.
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