quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

O mundo aos nossos pés

Excepção feita às lojas chinesas e ao mercado do Algueirão, perdi a conta aos meses em que não entrava numa loja. Ontem fui àquela catedral que dá pelo nome de Zilian e irremediavelmente lembrei-me de Orson Wells e Citizen Kane que nos remete para... o mundo a seus pés.
É assim a Zilian, um paraíso que não vende sapatos mas antes beleza e conforto, onde fui com duas colegas, uma delas decidida a comprar pela primeira vez na vida uns sapatos de salto, de saltinho, vá, que não comprou. Pés exigentes, aqueles!
Os meus não são exigentes, são mesmo defeituosos desde que parti uns dedos, os ossos calcificaram e não dobram, proibindo-me o uso de saltos, com enormíssima pena minha.
Verdade seja dita que, fossem eles perfeitos e pudesse eu andar em agulhas mais afiadas que as da Cigala, lamberia as montras da Zilian com os olhos sim, mas acabava por ir picar o ponto à cigana do Algueirão que tem os últimos modelos a um ou cinco euros; quando me pede dez por par eu reclamo e ela diz-me naquele sotaque arrastado, Linda, olha que san chaneli... ao que a minha mãe, rindo-se, responde que chinelos já nós temos muitos...

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