terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Janela virada para a eternidade

Dois artigos, ou serão três? para revistas, mais uma comunicação numa conferência, mais a organização de outra, mais indiferença de algumas pessoas que trabalham comigo, mais incompetência de outras, tudo somado perfaz muitas horas de trabalho.
Falo de mim, falo mas não me queixo, ando satisfeita e com vontade de trabalhar ainda mais.
Ganho o mesmo, financeiramente falando, recebo menos, muito menos, e não percebo como se gastaram 57 milhões de euros a mais no Natal do que no ano passado, mas isso é outra conversa.
Uma parte do trabalho que tenho em mãos implica pedir ajuda de minuto a minuto ao tio Google Maps, verificar moradas, visualizar prédios e de repente, olha, deixa cá ver o meu próprio prédio.
Lá está, num dia soalheiro, nem eu teria feito melhor e, surpresa das surpresas, o meu vizinho velhote, que morreu durante o Verão, está imortalizado espreitando à sua janela, como sempre. Espero que ninguém se lembre de actualizar aquilo e tirar novas imagens porque aquele senhor faz parte daquela rua, pertence-lhe. A nós pertence-nos a memória e cabe-nos sorrir ao vê-lo, ao reencontrá-lo nem que seja de forma virtual. 

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