sexta-feira, 18 de outubro de 2013

O Inverno chegou aos transportes

Hoje inaugurei uma nova categoria de pessoas (isto soa mal...) a quem dar o lugar nos transportes (melhorou um pouco, acho eu). Velhos, grávidas, ossos partidos, a essas situações já se juntavam pessoas a ler - estando eu a ouvir música por exemplo - e hoje juntou-se uma senhora a fazer malha.
Ontem vi de relance um objecto que me suscitou imensa curiosidade, mas foi tão a correr que nem percebi o que era: havia uma coisa redonda, de plástico, pareceu-me, e uns novelos de lã coloridos, o que dava um resultado invejável. Mas esta visão foi já em pé, pronta para sair e a curiosidade morreu na saída do metro, quando me esqueci do assunto.
Hoje ia sentada a ouvir música quando vi entrar a moça, era aquela, garantidamente. Por sorte aproximou-se do local onde eu estava e levantei-me. Ela sentou-se logo, como se estivéssemos combinadas, e sacou da malha! Os meus planos funcionavam...
Com os dedos e uma agulha como a da imagem fazia crescer uma peça de roupa.
A velocidade dos dedos era invejável e eu já me imaginava a fazer concursos, ela a terminar uma camisola digna das terras altas da Escócia, para um qualquer imortal, dois metros de altura, cabelo comprido, e eu a meio de um cachecol para as bonecas da minha sobrinha.
Tal como na cozinha onde não consigo reproduzir as receitas, acrescentando-lhe sempre qualquer coisinha, também não deixei de pensar como ficaria se utilizasse linha, ráfia ou corda; só haverá coisas daquelas redondas? E para uma cortina ou coisa que o valha, como fazemos? Vou saber tudo o que há para saber no ramo dos plásticos redondos com bicos para se entrançar a lã e fazer peças várias e depois darei notícias. Não garanto que seja nesta vida.

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