quarta-feira, 16 de outubro de 2013

José de Figueiredo

Há um largo à beira do Museu Nacional de Arte Antiga com o nome do seu primeiro director, José de Figueiredo.
Este homem foi um amante da arte e um caçador recolector de tudo quanto era arte portuguesa dispersa pela Europa. Não admira ter sido também o primeiro director da Academia Nacional de Belas-Artes, que instituiu um prémio com o seu nome, a atribuir a edições de destaque sobre arte e património.
Ontem foi a entrega deste prémio - a dois autores - bem como a entrega de outros prémios instituídos pela Academia: Aquisição-Pintura, a Graça Morais, e o prémio Gustavo Cordeiro Ramos foi para o (ausente) Domingos Loureiro.
Com o busto original da República a seu lado e D. Maria II, autora do decreto que criou a Academia, por trás de si, Graça Morais disse o que todos sabemos: ninguém quer saber e a Sr.ª Albuquerque terá os mesmos direitos jornalísticos, televisivos e comunicacionais do costume, a cultura é dispensável.
O mesmo tratamento de silêncio receberam os livros premiados, de Nuno Vassallo e Silva, Ourivesaria Portuguesa de Aparato, e de Miguel Figueira de Faria, como coordenador de uma equipa e também autor, Do Terreiro do Paço à Praça do Comércio: História de um Espaço Urbano.
Para além da Sr.ª Albuquerque e das brincadeiras de cirurgião que andam a fazer a Portugal, havia também a imbatível selecção portuguesa de futebol e o mundial, perseguido como um atraente pescoço por uma cambada de vampiros. Que espaço haveria para se falar de livros?

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