Uma amiga mostra-me um convite para uma festa no Lux, sabendo que me interessarei pelo convite em si, sabendo que não me interesso pela festa, o Lux também o deve saber porque não fui convidada. Acabando de escrever já vou ali chorar um bocadinho.
O convite é genial: um bocado de cartão, leve como uma pena, com locais para carregar, quais teclas disfarçadas, que contêm gravações: o que vai ser a festa, quem a apoia e patrocina o evento, música, um must!
Como ela adivinhava achei-o muito divertido, original e irresistível. Por vezes não é preciso muita imaginação e a tecnologia hoje em dia ajuda imenso. Gravei-o na memória.
Hoje, outra amiga - sou uma pobre, ninguém me convida directamente para nada, eu já ali vou chorar um bocadinho... - reenviou-me um convite para a inauguração da exposição Deutscher Werkbund: 100 anos de Arquitetura e Design.
Para além da dita inauguração ter sido dia 10 de Setembro, o convite vinha com um anexo que dizia: Convite para utilizadores com deficiência visual. E foi isto que me fez prestar-lhe atenção, as novidades aparecem aos molhos todos os dias, quero ser surpreendida, ora deixa cá ver.
E que vi eu? Um documento escrito no word, normalérrimo. A falha seria minha? Seria, com certeza.
Peço a um homem da informática que me esclareça, que me ilumine nesta treva da ignorância mas, ignorante ele também, não vê nada para além de um documento banal, em calibri 11, não justificado à direita, letra preta, fundo branco, tão igual a qualquer outro que fazemos todos os dias.
A ignorância dele, manifestada de forma sorridente, contagiou-me e vamos viver ignorantes para sempre.
Fim.
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