Combino com o Duarte estar em casa antes das oito, hora a que ele tem de sair para chegar a horas ao treino. Esqueço-me das horas e saio do trabalho atrasada. Corro. Apanho o metro e não tenho outro remédio se não ir ao ritmo dele, parando nas estações, esperando as pessoas sair, entrar, fechar portas, arrancar devagar em cada estação, essas coisas.
Na paragem final, a minha estação, levanto-me bem antes da carruagem começar a diminuir a velocidade, tenho pressa. Assim que pára, diante da porta, sou a primeira a sair, e ao som da música que me habituei a ouvir com headphones, fruto do zumbido que nunca passou e para o qual não tenho verba para a operação, subo as escadas a correr, a correr continuo nas primeiras escadas rolantes, mais rápidas que as primeiras, subidas a poder de músculo, salto para as segundas, também rolantes, sempre a trautear a música, e dali salto para a rua.
Não me contive e FUCK... ouço-me a mim própria, vejo pessoas paradas a olharem-me. Os headphones caem. Dou um passo atrás, tiro o impermeável da mala, mas o mal está feito: estou irremediavelmente encharcada.
A pressa era tanta que nem dei conta que chovia a canivetes e saltei literalmente para a rua. Nada a fazer. Caminho para o carro, a cantarolar, com o impermeável pela cabeça, afinal, não devemos ter medo da mudança do tempo, apenas devemos aprender a dançar à chuva, não é assim?
Na paragem final, a minha estação, levanto-me bem antes da carruagem começar a diminuir a velocidade, tenho pressa. Assim que pára, diante da porta, sou a primeira a sair, e ao som da música que me habituei a ouvir com headphones, fruto do zumbido que nunca passou e para o qual não tenho verba para a operação, subo as escadas a correr, a correr continuo nas primeiras escadas rolantes, mais rápidas que as primeiras, subidas a poder de músculo, salto para as segundas, também rolantes, sempre a trautear a música, e dali salto para a rua.
Não me contive e FUCK... ouço-me a mim própria, vejo pessoas paradas a olharem-me. Os headphones caem. Dou um passo atrás, tiro o impermeável da mala, mas o mal está feito: estou irremediavelmente encharcada.
A pressa era tanta que nem dei conta que chovia a canivetes e saltei literalmente para a rua. Nada a fazer. Caminho para o carro, a cantarolar, com o impermeável pela cabeça, afinal, não devemos ter medo da mudança do tempo, apenas devemos aprender a dançar à chuva, não é assim?
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