quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Andar sem parar


Fora as mariquices científicas, o dia tem 24 horas, 1440 minutos e 86400 segundos.
Tendo em conta que o meu despertador tocou às 8 da manhã e é uma da tarde e o pedómetro marca um quilómetro e quatrocentos metros e 2119 passos feitos, em 23 minutos, conclui-se que estive parada 277 minutos, dos quais muitos foram sentada!
Isto não pode ser e tem de mudar, recuso-me a dar pontos à cadeira, seja a verdinha diante da secretária, o banco do metro, a poltrona no gabinete do chefe diante da sua mesa, a de costas altas na mesa de reuniões ou o banco de trás do táxi.
A nossa natureza é andarilha, andámos nove meses no embalo no quentinho da barriga da mãe, mais uma série deles ao colo e é assim que nos sentimos bem. As mães africanas trazem as crianças às costas prolongando aquele baloiço como se não consentissem a separação dos filhos em idades tenrinhas.
Andar é natural e saudável e poucas coisas há que me fazem sentir tão bem. Com cerca de 15 quilos a menos, ando ainda mais e melhor e agora vem um médico dizer-me que ando demais e que devo parar.
Não acredito nisto e recuso que me esteja a acontecer. 
Já marquei consulta em Pandora com um especialista médico cuja fama passa planetas e apenas é acusado de deixar os doentes azuis, mas eu não sou racista e vou lá hoje à tarde, o que me dá tempo de sobra para regressar a tempo da consulta no Hospital de Santa Marta, marcada ontem, para dia 7 de Fevereiro. 
Tenho tempo para morrer e ressuscitar que ainda vou a horas de me sentar na sala de espera e ler o jornal de fio a pavio. 

2 comentários:

  1. Anda demais?! Que disparate! Só se tiver algum problema de saúde. De resto, penso que será impossível "andar demais". Ele há cada médico!

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