quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

A Guerra dos Hobbits ou dos Anéis ou isso


Há realizadores de cinema que parecem querer contrariar a tendência da sociedade actual, uma sociedade apressada, parecendo estar permanentemente atrasada, razão pela qual precisa de se despachar.
Computadores, telemóveis, ipad’s, iped’s, ipid’s, ipod’s e ipud’s, micro-ondas, carros, tudo tem de ser rápido que nem flechas. Não, as flechas são de outro tempo e muito lentas, rápidos que nem um processador XPTO, assim é que é.
Ninguém espera, porque isso era tarefa de antigamente, agora é já, imediatamente, ontem. O passado não interessa, o futuro, a bem da verdade, também não, o presente é tudo.
Se a saga da Guerra das Estrelas começou no fim e voltou ao princípio, com um interesse enorme dos fãs, o Senhor dos Anéis não se ia ficar atrás: chegou o Hobbit, que já todos conheciam mas ainda cá não estava,  uma espécie de D. Sebastião de quem já todos ouvimos falar, que viveu no passado, mas ainda há-de chegar.
Este andar para trás não é só um passo ou outro, são logo três de seguida, também à imagem da Guerra, com grandes viagens pelo meio, daí isto demorar três filmes. E se uns viajam pelo universo os outros não fazem a coisa por menos, pois a distância do Shire até à Lonely Mountain pode ser mais pequena que de Tatooine até Alderaan, mas os tipos são anões, caramba!
Gosto muito de Jedis, em especial aquele Qui-Gon Jinn, ai as tranças que eu lhe fazia naquele cabelo…, mas adoro um bom feiticeiro acima de tudo. Adoro eu e toda a gente, embora isto das feitiçarias não seja mais do que informática avançada, pois no fundo, no fundo uma varinha mágica não é mais do que um rato esbelto e sem fios.
O Gandalf, que não é nenhum nerd, precisa é de um guarda-roupa novo, não por usar saias, mas por as usar tão compridas, que aquilo não dá jeito nenhum para fugir e fugir é qualquer coisa que eles andam sempre a fazer. A mim não me espanta que fujam, que também eu fugiria daqueles orc’s e daquela gente, o que me impressiona é que nunca se cansam!
Se por mais não fosse, os Feiticeiros ganham a batalha com os Jedis por causa de um pormenor, e é nos pormenores que reside a diferença: usam chapéu, um chapéu à moda de Simon Templar cujo cabelo nunca saia do lugar, ou do Agent Smith, que garantidamente usava a mesma laca, pois pode ventar o vento e granizar o granizo, seja a tempestade épica ou estelar e o chapéu de Gandalf mantêm-se na sua cabeça, sem perigo de se perder, como ia acontecendo já um par de vezes a Indiana Jones.
Por falar em Indiana Jones, ele é Han Solo da Guerra – seis filmes seis, como anunciaria um bom cartaz tauromáquico – e Simon Templar é Bond – vinte e dois filmes vinte e dois – e Smith - três matrixes três - é Lord Elrond, ou seja, nós bem queremos heróis, mas isto é como na política, mudam os nomes, os cenários, mas os tipos são sempre os mesmos.
Entre Jedis e Feiticeiros há bicharocos de eleição: Chewbacca e Gollum, com evidente vitória de Chewie, não só pelo tamanho, mas essencialmente pela pelagem. Sméagol podia ter um anel mas o co-piloto do Falcão Milenário é super fashion e as suas palavras são uma verdadeira inspiração!

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