terça-feira, 5 de julho de 2011

Sorte? Onde, onde?

O euromilhões é um propiciador do aumento das discrepâncias entre as pessoas. É encarado como um milagre, um enorme milagre que acontece a alguns, raros, raríssimos.
Se aquilo fosse distribuído convenientemente muitos ganhariam uma bençãozita, outros eram salpicados de água benta, o que já seria muito bom, e não nos ajoelhávamos a rezar tão fervorosamente todas as sextas feiras, quais muçulmanos.
Mas não, a coisa está feita para alguém ganhar, mas não os apostadores pois claro, e de vez em quando há um que leva, não o bolo todo, mas a fábrica de pastelaria inteira!
É claro que não é justo, mas aquilo também não foi criado pelas mãos da senhora de olhos vendados e os quinhões lá da balança são fruto dum jogo e, como qualquer jogo, raramente se ganha.
É curioso como este tipo de jogos podem ser catalogados com expressões antónimas e, assim mesmo, verdadeiras: há quem lhes chame jogos de sorte e há quem lhes chame jogos de azar. Mas joga-se sempre, e joga-se na esperança da sorte, embora o que aconteça dia após dia é cantarmos as palavras de Renato Teixeira, imortalizadas por Elis Regina, se há sorte, eu não sei, nunca a vi.

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