As portas do metro abrem-se a cada estação. Vomitam gente que se apertou contra desconhecidos, evitando olharem-se nos olhos, sabendo que o constrangimento é comum e partilhado, gente que se aninhou como não se aninha em casa.
As portas do metro fecham-se a cada estação. Seguram oxigénios com sotaques africanos, crianças que esperneiam ao sono, adultos mecânicos que reagem ao som do nome da estação onde devem sair, mesmo que vão a dormir com baba a escorrer-lhes pela boca.
As portas do metro abrem-se e fecham-se a cada estação musicando as vidas com barulhos próprios que ninguém ouve e segurando pulsares sociais.
As portas do metro fecham-se a cada estação. Seguram oxigénios com sotaques africanos, crianças que esperneiam ao sono, adultos mecânicos que reagem ao som do nome da estação onde devem sair, mesmo que vão a dormir com baba a escorrer-lhes pela boca.
As portas do metro abrem-se e fecham-se a cada estação musicando as vidas com barulhos próprios que ninguém ouve e segurando pulsares sociais.
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