quinta-feira, 14 de julho de 2011

A Casa Verde

Os almoços de ontem e hoje foram regados com o mais belo néctar dos últimos tempos: O Alienista do soberbo ano de 1882, preparado por Machado de Assis e que chega a mim em 2011 envelhecido mas com sabor de actualidade.
A edição está longe de ser de luxo, é da colecção Biblioteca de Verão do Jornal e do Diário de Notícias, e é oferecida na aquisição de várias outras publicações, no meu caso com a Volta ao Mundo.
As menos de cem páginas devorei-as durante dois períodos de descanso para almoço durante os quais rezei para que ninguém me dirigisse a palavra, enquanto engolia a imagem da actual sociedade na Casa Verde e reconhecia Simão Bacamarte como aquele(s) que aparecem sempre no horário nobre das televisões.
A prosa de Assis é subtil, manhosa mas a fazer vénias, elevando o desequilíbrio à categoria da perfeição.

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