Depois de
umas férias azaradas, entro azamboada na primeira semana de trabalho. Tendo o
ano 52 semanas, sendo quatro de férias, estou a riscar a quadragésima oitava. Ainda
a propósito da maleita que me obrigou a andar de muletas, logo no primeiro dia
de trabalho vou ao médico. Diz-me a simpática senhora que, tendo médico de
família, tenho que o conservar e para isso há dois requisitos: ir ao médico pelo
menos uma vez no ano e ter as vacinas em dia. Já mo tinham dito e já tinha
espiolhado a casa e a papelada em busca do respectivo boletim, sem resultados. Assim,
foi necessário levar as vacinas novamente. Uma injecçãozita de nada que
eventualmente me vai deixar um altinho no braço. Siga!
A injecçãozita
de nada revelou-se uma cabra: febre, um inchaço descomunal, dores insuportáveis.
Numa semana cumpri a minha quota mínima de visita aos serviços médicos para uma
década. Que nunca tinham visto nada assim, e que pusesse gelo, e tomasse paracetamóis
e ipobrufenos e etc., que era uma reacção à vacina – olhe, obrigadinha…
A meio da
semana realizou-se o jantar de aniversário do A., em homenagem não tanto aos
seus 53 anos, mas mais à vitória sobre a doença que o atacou a ele e nos
afligiu a todos. Arrastada, lá fui, com uma roupa que não pensei levar pois o
braço não me cabia na manga, de inchado que estava. Nem lhe cantei os parabéns,
com a febre a azucrinar-me cada célula e regressei a casa onde me mantive a
maior parte da semana até isto acalmar, qual tornado que se intensificava
dentro de mim.
Assim que
levei a vacina perguntei à enfermeira se podia ir à praia, ao que ela respondeu
que não havia qualquer contra-indicação. Ora, nem praia nem meia praia, ainda
para mais, choveu todo o santo fim-de-semana.
O início da
quadragésima sétima semana leva-me a perguntar, que mais me irá acontecer? Com o
pensamento positivo que procuro sempre, penso de quanto será o prémio do
euromilhões…
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