Há muitos, muitos anos, na altura em que os animais falavam, foi a minha mãe pela primeira vez à televisão. Se não era o Fungagá da Bicharada, era o Passeio dos Alegres, ou algo que o valha. A vida ligada aos colégios infantis e às crianças proporcionava a ida a circos, ao Jardim Zoológico e a programas de TV que tivessem uma qualquer aura infantil.
E a D. Prata começou e não mais parou. Depois começou a ir também o Sr. Bento e nos últimos tempos quase preciso de uma agenda para gerir estas deslocações e lembrar-me de ver os programas, deixá-los a gravar e tudo isso.
Numa ocasião, no tempo das caravelas, fui com ela e cheguei a participar numa das brincadeiras que propõem ao público, onde ganhei (ou eu ou a minha irmã, não me recordo bem) uma raquete de ténis e uma caixa de bolas, que jogávamos contra a parede porque só tínhamos aquela.
Não é por a loura ser minha mãe, e os que me conhecem bem sabem que não faço favorzinhos, mas onde ela está, mais ninguém brilha: vaidosa até à quinta casa, veste-se a preceito, nem que seja para a praia, e a sandalete bate com o lenço da cabeça, a gancheta do cabelo faz pandan com o cinto, a maleta é igual ao chapéu e tudo bate certo naquele puzzle bem estudado.
O Sr. Bento também não lhe fica atrás e anda num virote, ora de calção e sapato vela, ora de calça desportiva e camisete de manga curta, cabelo cortado e penteado.
Há dias foram ao Querida Júlia, convidados para uma rubrica sobre casais que estão juntos há muito tempo, com longos namoros e cartas de amor de permeio. Levaram fotografias, histórias para contar e até dançaram, revivendo a altura em que ganhavam concursos de dança, antes do meu pai ter os AVC's, ter ficado com a voz afectada, o que lhe dá um sotaque finlândes, e ter graves problemas arteriais.
Com votos de longa vida aos outros participantes, mas olhando para os três casais percebe-se que a mais jovem é a D. Prata, que também ganha o Óscar de mais giraça, o Emmy da mais bem vestida, o Grammy da mais simpática; o Sr. Bento, apesar do cabelo prateado, ganha a Palma de Ouro, o Leão de Ouro e meia dúzia de BAFTA's, em categorias à escolha.
Ora, com uns pais assim, não hei-de ser orgulhosa?
E a D. Prata começou e não mais parou. Depois começou a ir também o Sr. Bento e nos últimos tempos quase preciso de uma agenda para gerir estas deslocações e lembrar-me de ver os programas, deixá-los a gravar e tudo isso.
Numa ocasião, no tempo das caravelas, fui com ela e cheguei a participar numa das brincadeiras que propõem ao público, onde ganhei (ou eu ou a minha irmã, não me recordo bem) uma raquete de ténis e uma caixa de bolas, que jogávamos contra a parede porque só tínhamos aquela.
Não é por a loura ser minha mãe, e os que me conhecem bem sabem que não faço favorzinhos, mas onde ela está, mais ninguém brilha: vaidosa até à quinta casa, veste-se a preceito, nem que seja para a praia, e a sandalete bate com o lenço da cabeça, a gancheta do cabelo faz pandan com o cinto, a maleta é igual ao chapéu e tudo bate certo naquele puzzle bem estudado.
O Sr. Bento também não lhe fica atrás e anda num virote, ora de calção e sapato vela, ora de calça desportiva e camisete de manga curta, cabelo cortado e penteado.
Há dias foram ao Querida Júlia, convidados para uma rubrica sobre casais que estão juntos há muito tempo, com longos namoros e cartas de amor de permeio. Levaram fotografias, histórias para contar e até dançaram, revivendo a altura em que ganhavam concursos de dança, antes do meu pai ter os AVC's, ter ficado com a voz afectada, o que lhe dá um sotaque finlândes, e ter graves problemas arteriais.
Com votos de longa vida aos outros participantes, mas olhando para os três casais percebe-se que a mais jovem é a D. Prata, que também ganha o Óscar de mais giraça, o Emmy da mais bem vestida, o Grammy da mais simpática; o Sr. Bento, apesar do cabelo prateado, ganha a Palma de Ouro, o Leão de Ouro e meia dúzia de BAFTA's, em categorias à escolha.
Ora, com uns pais assim, não hei-de ser orgulhosa?