A I. é enfermeira
e felizmente que a enfermagem que pratica não recorre a tecnologias por aí além,
caso contrário…
Há uns dias ligou
o computador e apareceu-lhe uma mensagem de ecrã inteiro que a informava que o
sistema tinha detectado caminhos menos próprios por onde ela tinha andado,
nomeadamente pornografia e pedofilia. Sugeria-lhe a mensagem amiga que fosse à polícia ou, em
alternativa, ao PayShop onde, mediante um pagamento de 100 euros, eles
resolveriam a coisa.
À primeira, a I.
desligou o computador e voltou a ligá-lo, mas lá estava a mensagem do polícia
como quem diz, daqui não saio, daqui ninguém me tira!
À terceira
resolveu dar o caso por encerrado e aceitou uma das sugestões que lhe eram transmitidas:
foi à polícia!
Enquanto esperava
que a atendessem veio cá fora atender um telefonema e eis senão quando, passa
um colega, enfermeiro também que, vendo-a à porta da esquadra, quis saber o que
tinha acontecido. A boa da I. contou-lhe, o colega riu-se e disse-lhe que
aquilo era um vírus, e que o marido dela resolveria o assunto.
A I. foi para
casa meia envergonhada por não lhe ter ocorrido tal coisa e ter ido incomodar a
polícia por causa de um vírus.
Passado um bocado
tocam à campainha: era a polícia a querer saber por que razão a senhora
enfermeira se tinha ido embora e em que podiam ajudar. Os meios pequenos têm
destas coisas maravilhosas…
Muito envergonhada
lá explicou a razão da visita à esquadra e teve que levar com os risos do homem
que lhe contou que, só ali, já tinham sido feitas quatro queixas sobre o
assunto, reclamando os queixosos que tinham pago o que lhes era pedido e nada
tinha acontecido! Ao menos ela foi à polícia em primeiro lugar, consolava-a o
homem.
Claro que, quando
nos contou, levou com uma sala inteira a rir e a perguntar-lhe se o polícia
tinha tirado a pistola, se tinha atirado no vírus, entre outras parvoíces.
Passada a vontade de rir, desejamos que a polícia apanhe esta malta!