Só nos faltava um cão. Éramos cinco, sempre juntas nas aulas e por vezes brincávamos que para sermos protagonistas dos famosos livros da Enid Blyton, só nos faltava um cão. A conversa era sempre a mesma: a seguir alguém dizia que o Tim, o cão do grupo, era um dos cinco, logo, uma de nós seria o cão! Negávamos, aceitávamos, tirávamos à sorte, qualquer coisa servia, pois não é fácil cinco mulheres darem-se bem como nós nos dávamos.
Passaram-se anos e hoje uma de nós vive no Algarve, outra no Funchal, outra no Fundão, uma no Cacém e eu na Amadora. Foram dois anos das nossas vidas - enquanto durou o curso de Ciências Documentais na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa - que nunca mais esquecemos e a prova disso é que nos continuamos a falar. Porém, o elemento do Fundão não era avistado há anos e ontem estivemos juntas na Gulbenkian.
Pareciam ter passado duas horas desde a última vez que nos víramos e percebi que sentia imensas saudades das gargalhadas dela.
À noite fiz inveja às outras por telefone: estive com a J. que mantém a mesma cara de miúda, o mesmo riso contagiante e alegre e temos mesmo que nos encontrar todas, mas encontrar mesmo, sem ser aquelas mentiras do costume, que temos mas nunca mais fazemos nada para viabilizar a coisa.
Com enorme expectativa combinámos ir ao Algarve a casa da M.
Tenho a certeza que vamos e até me arrepio de pensar no fim-de-semana de boa disposição que se criará. Tomara já que fosse hoje...
Passaram-se anos e hoje uma de nós vive no Algarve, outra no Funchal, outra no Fundão, uma no Cacém e eu na Amadora. Foram dois anos das nossas vidas - enquanto durou o curso de Ciências Documentais na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa - que nunca mais esquecemos e a prova disso é que nos continuamos a falar. Porém, o elemento do Fundão não era avistado há anos e ontem estivemos juntas na Gulbenkian.
Pareciam ter passado duas horas desde a última vez que nos víramos e percebi que sentia imensas saudades das gargalhadas dela.
À noite fiz inveja às outras por telefone: estive com a J. que mantém a mesma cara de miúda, o mesmo riso contagiante e alegre e temos mesmo que nos encontrar todas, mas encontrar mesmo, sem ser aquelas mentiras do costume, que temos mas nunca mais fazemos nada para viabilizar a coisa.
Com enorme expectativa combinámos ir ao Algarve a casa da M.
Tenho a certeza que vamos e até me arrepio de pensar no fim-de-semana de boa disposição que se criará. Tomara já que fosse hoje...