O Teatro de São Carlos é a única casa de espectáculos nacional com vocação para receber óperas.
Uma ópera não é um musical, mas antes a sintonia perfeita entre o teatro e a música, ou pelo menos assim a sinto desde a primeira vez, já vão quase trinta anos, quando vi La Traviata, no Coliseu de Lisboa.
Ontem fui à estreia de La fille du régiment, bilhetes ganhos através de um programa de rádio, expectativa de um lugarzinho ao pé dos dourados do tecto e, afinal, plateia central.
Convidei uma amiga que se foi estrear nestas andanças e que saiu a adorar. Fã de teatro, cinema, de música sinfónica e de escultura, andava à espreita de uma oportunidade que apareceu do céu.
Entrando num templo como é o São Carlos, e como me acontece nos castelos e palácios, nem preciso de fechar completamente os olhos para viajar no tempo, basta-me semicerrá-los e logo vejo o José Maria de monóculo com o amigo Ramalho. Ao contrário da noite de ontem, quente demais para a época em que estamos, faz frio, há mulheres que sorriem no meio de arminhos e Eça conta a Ramalho pormenores da sua viagem ao Oriente. Logo a seguir Gaetano Donizetti entra-nos pelos ouvidos.
Parece contraditório mas acabo por nunca me entregar completamente ao espectáculo pois tenho que me segurar para não me levantar a agitar os braços, tal a força que a conjugação da música com o cante têm em mim.
A sala estava cheia e Marie - Cristiana Oliveira - esteve melhor que Toino - Alessandro Luciano - e ambos muitíssimo bem acompanhados pelo Coro do São Carlos e pela Orquestra Sinfónica Portuguesa.
O estilo cómico da ópera levantou sorrisos e a mim ainda me levantou a sobrancelha quando no placard com a 'tradução' aparecia a promessa de fusilarem alguém...
Oh senhores ouvintes... apreciem o espectáculo e deixem-se de biolências.
Uma ópera não é um musical, mas antes a sintonia perfeita entre o teatro e a música, ou pelo menos assim a sinto desde a primeira vez, já vão quase trinta anos, quando vi La Traviata, no Coliseu de Lisboa.
Ontem fui à estreia de La fille du régiment, bilhetes ganhos através de um programa de rádio, expectativa de um lugarzinho ao pé dos dourados do tecto e, afinal, plateia central.
Convidei uma amiga que se foi estrear nestas andanças e que saiu a adorar. Fã de teatro, cinema, de música sinfónica e de escultura, andava à espreita de uma oportunidade que apareceu do céu.
Entrando num templo como é o São Carlos, e como me acontece nos castelos e palácios, nem preciso de fechar completamente os olhos para viajar no tempo, basta-me semicerrá-los e logo vejo o José Maria de monóculo com o amigo Ramalho. Ao contrário da noite de ontem, quente demais para a época em que estamos, faz frio, há mulheres que sorriem no meio de arminhos e Eça conta a Ramalho pormenores da sua viagem ao Oriente. Logo a seguir Gaetano Donizetti entra-nos pelos ouvidos.
Parece contraditório mas acabo por nunca me entregar completamente ao espectáculo pois tenho que me segurar para não me levantar a agitar os braços, tal a força que a conjugação da música com o cante têm em mim.
A sala estava cheia e Marie - Cristiana Oliveira - esteve melhor que Toino - Alessandro Luciano - e ambos muitíssimo bem acompanhados pelo Coro do São Carlos e pela Orquestra Sinfónica Portuguesa.
O estilo cómico da ópera levantou sorrisos e a mim ainda me levantou a sobrancelha quando no placard com a 'tradução' aparecia a promessa de fusilarem alguém...
Oh senhores ouvintes... apreciem o espectáculo e deixem-se de biolências.
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