Tudo começou quando recebi uma chamada do Vasco Marques no meu telemóvel pessoal. Como tenho um colega com esse nome, a primeira coisa que me veio à cabeça depois de ouvir o nome do outro lado da linha foi, porque raio é que ele não liga pelo telefone fixo? Afinal era outro. Confirmou se eu me inscrevera para o Quem quer ser milionário? e no meio de muita boa disposição fez-me uma bateria de 20 perguntas da, chamada, cultura geral e as respostas foram suficientes para me colocar no concurso.
Ontem, seis da tarde, Paço de Arcos, estúdio da Valentim de Carvalho, e lá estou eu para a gravação, acompanhada pelos meus pais e pelo Marcelo, não porque eu tenha medo de andar sozinha, mas porque a Dona Prata não perderia a hipótese de ir comigo por nada no mundo.
O coração da selva amazónica que uso diariamente na cabeça e ao qual chamo cabelo foi arranjado pelas mãos duma menina muito simpática que chamava a toda a gente… amor. É fofo e querido e além disso, é a melhor forma de não termos que decorar nomes! A simpatia da moça contrastava um bocado com a sisuda cara da maquilhadora que, não obstante, me deixou com ar de quem tinha acabado de aterrar vinda das Ilhas dos Mares do Sul.
A espera prolongou-se, pois trocaram a ordem dos programas e os famosos entraram primeiro, Herman José, Ana Bola, Maria Rueff, Joaquim Monchique, Nilton e João Paulo Rodrigues que só não deitaram o palco abaixo porque sabiam que havia mais gravações a seguir.
Ofereceram-nos o jantar mas, acima de tudo, ofereceram-nos uma simpatia incrível, aumentada pelo constrangimento do atraso e consubstanciada na presença especialmente do Bruno, a boa disposição sul alentejana em pessoa, e de outros colaboradores do programa cujos nomes não fixei mas entre os quais estava também o Vasco Marques.
O José Carlos Malato é uma força da natureza pois não se cala nunca e tem sempre qualquer coisa a dizer, mesmo que esteja exausto duma maratona com nomes como os já referidos Herman ou Ana Bola, corredores de fundo que puxam até mais não. Gravar três programas de seguida não é brincadeira: em casa só vimos a parte calma, tal como o pato que nada serenamente no lago, mas debaixo de água as patas abanam furiosamente.
Os concorrentes tiveram tempo de sobra para conversar e para se conhecerem minimamente: uns mais faladores e a mostrarem laivos daquilo que queriam fazer valer quando lhes fossem feitas as perguntas, outros mais reservados, mas todos bem-dispostos.
O jogo é assente na sorte, muito mais do que nos conhecimentos de cada um, mas também tem alguma estratégia. O risco de as coisas saírem como queremos é grande, e aquilo que eu queria era ser a última para ganhar pelo menos 500 euros.
Das conversas tidas antes com os meus parceiros de concurso percebi que a terceira cadeira era a melhor e por um acaso acabei sentada nela. Também decorrente das conversas tidas em bastidores o concorrente antes de mim usou uma estratégia para me eliminar, legítima diga-se de passagem, que consistia em ‘oferecer-me’ uma pergunta sobre futebol, assunto sobre o qual sou a maior expert, desde que esteja sozinha…
Já me via a dizer adeus e a sentar-me obedientemente nas bancadas, quando surpresa das surpresas, acertei no raio da resposta! A seguir aparece uma perguntinha cuja resposta eu tinha na ponta da língua; porém, era elevada a probabilidade do concorrente seguinte não a saber e eu depositei-lha nas mãos e ele errou. O prémio desceu, é claro, mas nesse momento, e fiando-me em hipóteses, percebi que seria a última pessoa! Se tivesse respondido, acertava, mas diminuía a possibilidade de ser a última, talvez nem voltasse a sentar-me na cadeira vermelha (que é muito menos incómoda do que parece) e por isso arrisquei com base no ditado que diz mais vale um pássaro na mão que dois a voar.
Cognomes de reis, medidores de velocidades do vento e escritores vêm ainda dar-me alguma sorte pois deram azar aos outros.
E foi assim que fiquei no papel de rainha da noite…
Ontem, seis da tarde, Paço de Arcos, estúdio da Valentim de Carvalho, e lá estou eu para a gravação, acompanhada pelos meus pais e pelo Marcelo, não porque eu tenha medo de andar sozinha, mas porque a Dona Prata não perderia a hipótese de ir comigo por nada no mundo.
O coração da selva amazónica que uso diariamente na cabeça e ao qual chamo cabelo foi arranjado pelas mãos duma menina muito simpática que chamava a toda a gente… amor. É fofo e querido e além disso, é a melhor forma de não termos que decorar nomes! A simpatia da moça contrastava um bocado com a sisuda cara da maquilhadora que, não obstante, me deixou com ar de quem tinha acabado de aterrar vinda das Ilhas dos Mares do Sul.
A espera prolongou-se, pois trocaram a ordem dos programas e os famosos entraram primeiro, Herman José, Ana Bola, Maria Rueff, Joaquim Monchique, Nilton e João Paulo Rodrigues que só não deitaram o palco abaixo porque sabiam que havia mais gravações a seguir.
Ofereceram-nos o jantar mas, acima de tudo, ofereceram-nos uma simpatia incrível, aumentada pelo constrangimento do atraso e consubstanciada na presença especialmente do Bruno, a boa disposição sul alentejana em pessoa, e de outros colaboradores do programa cujos nomes não fixei mas entre os quais estava também o Vasco Marques.
O José Carlos Malato é uma força da natureza pois não se cala nunca e tem sempre qualquer coisa a dizer, mesmo que esteja exausto duma maratona com nomes como os já referidos Herman ou Ana Bola, corredores de fundo que puxam até mais não. Gravar três programas de seguida não é brincadeira: em casa só vimos a parte calma, tal como o pato que nada serenamente no lago, mas debaixo de água as patas abanam furiosamente.
Os concorrentes tiveram tempo de sobra para conversar e para se conhecerem minimamente: uns mais faladores e a mostrarem laivos daquilo que queriam fazer valer quando lhes fossem feitas as perguntas, outros mais reservados, mas todos bem-dispostos.
O jogo é assente na sorte, muito mais do que nos conhecimentos de cada um, mas também tem alguma estratégia. O risco de as coisas saírem como queremos é grande, e aquilo que eu queria era ser a última para ganhar pelo menos 500 euros.
Das conversas tidas antes com os meus parceiros de concurso percebi que a terceira cadeira era a melhor e por um acaso acabei sentada nela. Também decorrente das conversas tidas em bastidores o concorrente antes de mim usou uma estratégia para me eliminar, legítima diga-se de passagem, que consistia em ‘oferecer-me’ uma pergunta sobre futebol, assunto sobre o qual sou a maior expert, desde que esteja sozinha…
Já me via a dizer adeus e a sentar-me obedientemente nas bancadas, quando surpresa das surpresas, acertei no raio da resposta! A seguir aparece uma perguntinha cuja resposta eu tinha na ponta da língua; porém, era elevada a probabilidade do concorrente seguinte não a saber e eu depositei-lha nas mãos e ele errou. O prémio desceu, é claro, mas nesse momento, e fiando-me em hipóteses, percebi que seria a última pessoa! Se tivesse respondido, acertava, mas diminuía a possibilidade de ser a última, talvez nem voltasse a sentar-me na cadeira vermelha (que é muito menos incómoda do que parece) e por isso arrisquei com base no ditado que diz mais vale um pássaro na mão que dois a voar.
Cognomes de reis, medidores de velocidades do vento e escritores vêm ainda dar-me alguma sorte pois deram azar aos outros.
E foi assim que fiquei no papel de rainha da noite…
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