sexta-feira, 15 de abril de 2011

Eu tenho dois amores

Há alguns meses mudei de director. Porém, o anterior continua a pedir trabalho como se estivesse em funções e disputa acerrimamente com o actual responsável, uma das minhas áreas de actividade, tanto mais que ele é o verdadeiro entendido na matéria. Face à legalidade de um e aos conhecimentos de outro, juntos concordaram em criar um tempo de passagem em que ambos terão uma palavra a dizer. Aparentemente tomaram a decisão certa, mas criam-se situações que vão do dramático ao cómico e nunca sei a quem dou primeiro conhecimento de qualquer coisa, a quem peço primeiro uma assinatura, quem tem a primeira palavra e, principalmente, quem tem a última e até nos e-mails se questiona quem vem em primeiro lugar.
Andamos sempre confusos para cá e para lá, fazemos e refazemos, ouvimos daqui e dali e, conclusão, nem gregos nem troianos ficam satisfeitos e nós ficamos com a profunda sensação de inutilidade e enormes quantidades de energia desperdiçadas!
As coisas já não estão fáceis, a crise agudiza-se, as relações entre as pessoas deterioram-se e é tempo de fazermos brainstorming e não de queliziarmos uns com os outros!
O cansaço e a fartura que isto arrasta são incomportáveis e davam para uma peça de teatro onde muita gente se reveria, tenho a certeza. Quanto mais tempo ficaremos nestes entretantos sem chegarmos aos finalmentes? Irra!

2 comentários:

  1. ninguém quer ficar de fora no jogo das cadeiras... parece que o mais importante é ter poder e não visão e inteligência para que uma biblioteca (neste caso) funcione normalmente, serenamente como o espaço e o contexto gostariam...

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  2. Boa tarde.
    Venho do Pó dos Livros, depois de ler o episódio em que intervem.
    Gostei do seu blog. Parabens!
    Deixo-lhe aqui o meu, se quiser visitar:
    MACHADO, JA (http://janpfm.blogs.sapo.pt)
    Boa sorte e cumprts.

    João Afonso Machado

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