terça-feira, 6 de novembro de 2012

Cinco euros e vinte cêntimos


Sai um peixe grelhado para o almoço de domingo!
O Duarte adora aquela manta de cebola, alho, pimento e coentros em cima do peixe e das batatas e eu, embora não seja grande apreciadora da cebola crua, como também.
Vá lá saber-se do que foi, talvez da acidez da cebola, não segurei nada no estômago desde domingo a seguir a ao almoço até ontem à noite.
Cólicas, dores imensas no corpo todo, não passei sem uma visita ao médico, que me receitou dois medicamentos comprados com ansiedade na farmácia ali ao lado.
Paguei os quase 8 euros e antes de receber a factura a senhora pede-me que assine a cópia, duas vezes: uma é a confirmar o levantamento dos medicamentos, a outra é sobre o Direito de Opção.
Estava doente e cheia de dores mas não estava a morrer e havendo um direito de opção eu quero saber o que é. Esclarece a farmacêutica que aquilo diz respeito aos genéricos, que eu podia ter optado por eles e não optei…
Ai não? Porque não me lembrei… mas a senhora devia tê-lo feito. Em quanto ficam os genéricos?
A conta de 7,85 euros passou para 2,65 euros, a diferença foi depositada através do meu multibanco – novidade para mim, não sabia que aquilo era possível – e mesmo meia esbranquiçada e sem forças não sai da farmácia sem dar um sermão à senhora, um sermão de cinco euros e vinte cêntimos!

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