Decididamente eu andava com algumas ideias... sobre o quê? Pois, não sei...
Este texto está escrito numa folha com linhas (que já não uso), a lápis e já meio esbatido.
Diz-se
que antigamente o emissário duma notícia desconhecia o seu teor até a mesma ser
lida pelo destinatário: se continuasse vivo era sinal que a notícia era boa,
caso contrário esperava-o a morte.
As
Relações Internacionais mudaram radicalmente ao longo dos séculos e hoje os
emissários são diplomatas aceites até em países cujos relacionamentos são
instáveis, por força da procura de equilíbrios que, não sendo alcançados, podem
levar a conflitos diplomáticos que, à sua maneira, também são uma guerra.
Se
as Relações Internacionais visam o estudo dos relacionamentos políticos,
económicos e sociais entre países, os fenómenos religiosos não estão menos
ligados a toda esta dinâmica, quer na actualidade ou na Antiguidade: a um
convidado muçulmano só será servida carne de porco se o quisermos afrontar, não
se pede a um judeu para trabalhar ao sábado, respeita-se o Domingo como dia santo
a um católico.
As
Missões Diplomáticas permanentes em países estrangeiros foram uma necessidade recorrente
da Paz de Vestefália, nome que se conceituou dar a um conjunto de tratados e
documentos legais que fizeram nascer o chamado Sistema Internacional e
respeitar princípios como a soberania estatal ou o Estado nação.
Cansados
duma lista de conflitos generalizados, com todos os aspectos negativos e
prejudicais que englobavam, procurou-se um Equilíbrio de Poder, objectivo que
se veio alcançando ao longo dos séculos com a Paz de Vestefália, em 1648, o
Congresso de Viena, em 1815, e com o Tratado de Versalhes em 1919, momentos
triangulares da busca duma paz duradoura.
Assim, embora os relacionamentos entre estados, nações,
províncias, reinos, impérios, regiões, ou mais formas que se queiram
acrescentar, existam desde a existência do Homem, considera-se que o nascimento
das Relações Internacionais, como são encaradas hoje, nasceu com a Paz de
Vestefália.
Actualmente
fala-se muito em conflitos diplomáticos para designar a desagradabilidade de um
país relativamente a outro(s) mas sem que entrem em conflito armado, ou seja,
são desentendimentos que se espera vir a resolver sentados a uma mesa, símbolo
da partilha e da paz, aqui também sinónimo da esperança numa resolução pacífica
da situação. Tempos houve em que não se agia desta forma e não nos referimos a
períodos de guerra, altura em que os códigos, valores e princípios parecem ser
ainda mais esquecidos que habitualmente.
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