As mãos de Virgínia Woolf produziram a orientação da
minha vida. Rumo ao Farol podia ser o meu lema, uma vez que um dos meus sonhos
é morar num farol.
Ter o mar como jardim, um barco como veículo, muitas
escadas para chegar ao quarto e a porta da entrada aberta só para os
intrépidos.
Poder ler ao lado da lâmpada num dia de sol é uma
imagem que me alimenta. Inundar-me com a espuma das ondas altas que esbarram na
parede única do farol, ver o horizonte até muito para lá do além na varanda com
vista para o céu, ou jardinar na pequena alameda de acesso ao farol são
pensamentos igualmente prazenteiros.
Por ora tenho livros sobre faróis – ganhei um novo
exemplar de Rumo ao Farol, há cerca de duas semanas, obrigada! – tenho postais
que me chegam de várias partes do mundo, quadros, alguns dos quais em cima da
minha cama, espanta espíritos, roupa com faróis estampados, fotografias e
imagens diversas.
Falta-me um a sério, mas não mudo de rumo. Quem espera
sempre alcança?
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