segunda-feira, 3 de maio de 2010

Starbucks

A minha primeira experiência no Starbucks foi em Pequim. Não percebi nada da origem dos cafés, por estarem assinalados em chinês, assim como também não percebia bem o que tinham as sopas do McDonald’s. Fecha-se os olhos e engole-se.
Mas uma visita ao Starbucks pode ser uma surpresa por motivos insuspeitos e um dos empregados do Starbucks do Alegro onde vou algumas vezes, vê-me entrar e sorri. Não dou gorjetas, não faço escândalos, nem reclamo. Ele apenas não sabe o que vou responder à mesma pergunta de sempre, pergunta essa que, de cada cliente, leva a mesma resposta. Menos a minha.
No pré-pagamento perguntam-nos o nome e chamam por ele quando nos entregam o pedido. E eu vou mudando de nome de cada vez que lá vou. Entrego-lhe nomes estranhos, que os façam rir, nomes invulgares que fujam aos josés, aos manuéis e às marias. E vejo-os abrirem os olhos e repetirem-nos para mim, como se pedissem uma confirmação, aqueles nomes que lhes arrancam sorrisos.
Ontem escolhi o nome duma pessoa especial: Violeta. E durante dois minutos fui a Violeta, esperando que a senhora que tira cafés desenvoltamente chegasse ao meu humilde pedido de um expresso e dissesse alto:
- Violeta!
E apareço eu!
O dia que o meu nome arrancou mais sorrisos foi quando se transformou em Pocahontas e toda a gente virou a cara para ver quem era.
O café no Starbucks não é melhor nem pior que noutros sítios, é mais caro, isso sim, mas a agradabilidade dos sofás, das cadeiras e das mesas baixas atrai-me e gosto de me sentar ali. Para isso recorro a inúmeras personagens que vão desfilando ao sabor da minha imaginação e do momento.
Quando alguém vos contar que viu uma personagem famosa, intemporal, que pensavam já morta ou que apenas vive na banda desenhada, perguntem primeiro se não era no Starbucks a pedir um café e digam que a conhecem.

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