É inevitável que fale da visita do Papa Bento XVI.
As multidões impressionam-me sempre. Multidões de pessoas e de dinheiro, pois os valores associados a esta visita não são nada despiciendos. A fé também se paga, dirão alguns. Não assisti à missa no Terreiro do Paço, ou na Praça do Comércio, como se preferir, mas acompanhei o percurso na televisão e graças à tecnologia, pude ver mais que muitos dos que estiveram na Praça.
Vi um conjunto de embarcações que embelezavam ainda mais o Tejo, entre os quais o navio escola Creoula, onde já tive a sorte de estar, que com as lindíssimas velas hasteadas tinha passado por mim, ainda de manhã. Achei que eram poucas embarcações...
Vi a multidão que agitava bandeiras, muitas crianças, ouvi dizer que pagaram para agitar bandeiras e vestirem camisolas, o que não confirmei. Achei pouca multidão, esperava mais...
Vi o novo chão do Terreiro do Paço de cima, que anseio por percorrer com calma, assim como a luz que banhava aquela sala de visitas de Lisboa e que nos deixava encantados, mesmo via televisão. Achei que nem nos melhores sonhos se podia ter pedido um ambiente melhor.
Vi muita gente ser entrevistada cujas respostas pareciam saídas dum concurso de Miss Universo, ansiosos por amor e esperança. Achei comum.
Vi um senhor com uma comitiva de nove pedintes, com ele dez, que quando questionado pela jornalista respondeu que pedia mas não sabia para quê, isso era com a Junta, de Santa Susana se não me falha a memória, a ele cabia-lhe só pedir. Achei demais.
Vi oferecerem uma camisola do Benfica e uma águia ao Papa e fiquei boquiaberta. De que país terceiro-mundista veio o gestor de protocolo desta visita que permitiu uma cena assim?
Mas como se isto fosse pouco, às oito da noite, enquanto a abertura do Telejornal era dominada pelo assunto do dia, a visita papal, em nota de rodapé informavam-se os portugueses que não tinham assistido àquele momento que o Benfica ofertara o Papa Bento XVI!
O Bispo de Roma, sempre sorridente e afável, recebeu a peça de roupa com os olhos bem abertos e uma expressão de surpresa, é claro, mas com simpatia, como lhe competia, mas os seus pensamentos, eram outros com certeza... Se por cada benfiquista convicto se espalhasse o tal amor e a tal esperança de que falavam os entrevistados e que, afinal, são as roupagens genéricas destas visitas, então estaríamos no caminho do Paraíso.
As multidões impressionam-me sempre. Multidões de pessoas e de dinheiro, pois os valores associados a esta visita não são nada despiciendos. A fé também se paga, dirão alguns. Não assisti à missa no Terreiro do Paço, ou na Praça do Comércio, como se preferir, mas acompanhei o percurso na televisão e graças à tecnologia, pude ver mais que muitos dos que estiveram na Praça.
Vi um conjunto de embarcações que embelezavam ainda mais o Tejo, entre os quais o navio escola Creoula, onde já tive a sorte de estar, que com as lindíssimas velas hasteadas tinha passado por mim, ainda de manhã. Achei que eram poucas embarcações...
Vi a multidão que agitava bandeiras, muitas crianças, ouvi dizer que pagaram para agitar bandeiras e vestirem camisolas, o que não confirmei. Achei pouca multidão, esperava mais...
Vi o novo chão do Terreiro do Paço de cima, que anseio por percorrer com calma, assim como a luz que banhava aquela sala de visitas de Lisboa e que nos deixava encantados, mesmo via televisão. Achei que nem nos melhores sonhos se podia ter pedido um ambiente melhor.
Vi muita gente ser entrevistada cujas respostas pareciam saídas dum concurso de Miss Universo, ansiosos por amor e esperança. Achei comum.
Vi um senhor com uma comitiva de nove pedintes, com ele dez, que quando questionado pela jornalista respondeu que pedia mas não sabia para quê, isso era com a Junta, de Santa Susana se não me falha a memória, a ele cabia-lhe só pedir. Achei demais.
Vi oferecerem uma camisola do Benfica e uma águia ao Papa e fiquei boquiaberta. De que país terceiro-mundista veio o gestor de protocolo desta visita que permitiu uma cena assim?
Mas como se isto fosse pouco, às oito da noite, enquanto a abertura do Telejornal era dominada pelo assunto do dia, a visita papal, em nota de rodapé informavam-se os portugueses que não tinham assistido àquele momento que o Benfica ofertara o Papa Bento XVI!
O Bispo de Roma, sempre sorridente e afável, recebeu a peça de roupa com os olhos bem abertos e uma expressão de surpresa, é claro, mas com simpatia, como lhe competia, mas os seus pensamentos, eram outros com certeza... Se por cada benfiquista convicto se espalhasse o tal amor e a tal esperança de que falavam os entrevistados e que, afinal, são as roupagens genéricas destas visitas, então estaríamos no caminho do Paraíso.
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