As caminhadas no paredão funcionam como o melhor dos remédios. Mesmo que me deite tarde, levanto-me cedo e começo a caminhar com um prazer que aumenta de dia para dia. Sinto-me fraca se não for.
Os ciclistas continuam a violar as regras e avançam a alta velocidade rasando as barrigas gordas que ali se espraíam, as crianças que avançam aos solavancos, os cães que andam na ponta da coleira, os pais que fotografam tudo e todos.
Se for sozinha, como acontece a maior parte das vezes, bebo um café já no final do caminho, em pé ao balcão. Se for acompanhada paro num café, sento-me e converso. Sozinha arranjo tempo para fazer exercício, ali, depois daquela curva, ao lado do quiosque da Olá, fechado a maior parte do ano. Sozinha converso ainda mais: falo comigo e ponho as conversas em dia, tantas e tantas que até me parecem impossíveis. O que fiz, o que não fiz, o que ainda tenho que fazer. Penso nas pessoas que me rodeiam, nas pessoas de quem gosto, naquelas que tenho que aturar. Penso nas atitudes, minhas e alheias, e tento encontrar razões para certos comportamentos. Bem dou voltas ao pensamento, mas nem sempre encontro o que procuro. Tento arranjar desculpas para certas pessoas... verifico que se esgotaram. Gostava de ter coragem para pensar só em mim ou, pelo menos, para também pensar em mim. Sinto que nas caminhadas de fim-de-semana aproximo-me desse anseio, mas a segunda-feira espreita, como se sorrisse com sacanice.
Os ciclistas continuam a violar as regras e avançam a alta velocidade rasando as barrigas gordas que ali se espraíam, as crianças que avançam aos solavancos, os cães que andam na ponta da coleira, os pais que fotografam tudo e todos.
Se for sozinha, como acontece a maior parte das vezes, bebo um café já no final do caminho, em pé ao balcão. Se for acompanhada paro num café, sento-me e converso. Sozinha arranjo tempo para fazer exercício, ali, depois daquela curva, ao lado do quiosque da Olá, fechado a maior parte do ano. Sozinha converso ainda mais: falo comigo e ponho as conversas em dia, tantas e tantas que até me parecem impossíveis. O que fiz, o que não fiz, o que ainda tenho que fazer. Penso nas pessoas que me rodeiam, nas pessoas de quem gosto, naquelas que tenho que aturar. Penso nas atitudes, minhas e alheias, e tento encontrar razões para certos comportamentos. Bem dou voltas ao pensamento, mas nem sempre encontro o que procuro. Tento arranjar desculpas para certas pessoas... verifico que se esgotaram. Gostava de ter coragem para pensar só em mim ou, pelo menos, para também pensar em mim. Sinto que nas caminhadas de fim-de-semana aproximo-me desse anseio, mas a segunda-feira espreita, como se sorrisse com sacanice.
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