No cinema há encanto, deslumbramento, lágrimas e
gargalhadas. A tela é uma farmácia de emoções com mensagens, paisagens, imagens
e tudo o que se queira, literalmente tudo.
Há argumentos e efeitos especiais, guarda-roupa e maquilhagens
que nos trazem o passado, o presente, o futuro, a imaginação feita realidade, a
invenção, a descoberta, o homem das cavernas e o futurista.
Há pontos de vista dados pelos realizadores, há grandes
planos e cenas impossíveis de repetir tal é a sua grandeza. E há
interpretações.
Quando consideramos Christoph Waltz um
portento que consegue reunir numa só personagem a complexidade da natureza
humana em Inglourious Basterds, ele é suplantado por Christian Bale cujos poros
da pele respiram a encarnação perfeita que fez em The Fighter.
Mas quando se pensa que o atleta já superou todos as metas, quando se pensa que já não há recordes possíveis a bater, tal a altura
do desafio, somos confrontados com o nosso próprio silêncio perante o
inimaginável.
Para os adeptos dos prémios, há interpretações para as
quais devia ser criado um novo tipo de distinção, celestial, augusta, pois acima
de Oscares, Baftas, Ursos, Leões, Globos, Grammys, Emmys, Césares, Palmas e de qualquer tipo de premio ou medalha está o
Nirvana, perante o qual nos ajoelhamos sem necessidade de dizer seja o que for.
E o Nirvana chama-se Meryl Streep.
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