terça-feira, 24 de maio de 2011

(In)Justiça

Passei a manhã e parte da tarde no tribunal à espera de botar discurso a favor duma pessoa que não devia precisar de defesa se a justiça tivesse olhos, mas como é cega...
Uma pessoa foi assaltada. Participou à polícia. O caso foi a tribunal e os acusados, absolutamente inocentes!, ameaçaram a pessoa em questão e as suas gerações, para trás e para diante. A pessoa acaba por dizer que não se lembra e os meretíssimos acusam-na então, com uma grandiloquência, de estar a mentir e face a essa situação, que ali não se admitem mentiras!, a pessoa sai daquela distinta casa como arguida!
Passam-se sete anos, sete... quase oito e a distinta casa chama a pessoa e permite que testemunhas abonatórias estejam presentes e digam de sua justiça, ou seja, contem como conhecem a pessoa em questão e como ela tem princípios e valores onde a mentira não tem lugar.
Mas omitir não é uma espécie de mentira? As testemunhas, eu incluída, omitiram... omitimos que aquilo parece tudo uma palhaçada, que demais sabem eles todos a verdade, mas não a podem admitir e por isso carregam na parte mais fraca, para se mostrarem fortes, que achamos que o erário público está a ser delapidado com brincadeiras desta natureza porque as distintas casas de justiça não têm o que é necessário para resolver as questões pela raiz e que quase oito anos de esticanço duma situação como esta só serve para... deixa ver... serve para... bem, quando me ocorrer alguma coisa, aviso!
Sinto-me mal por não ter tido coragem de dizer que tudo aquilo é jogo com dados viciados e que assim não brinco... mas como têm a faca e o queijo na mão e estava em jogo, lá está..., outra pessoa, deixei-me ficar, embora saiba que me vai ser muito difícil conciliar com a almofada.

1 comentário:

  1. Cenas da vida cada vez mais selvagem.
    A questão é que por demasiadas vezes as decisões dos tribunais são tomadas ao arrepio de qualquer protecção das vítimas. São conhecidas demasiadas situações em que as consequências destas criminosas e inaceitáveis decisões são trágicas para quem, sem querer, se vê metida nelas. Caiem-nos em coro, associações que tentam proteger criminosos como coitadinhos e vítimas do sistema...Calma lá…os coitadinhos e vítimas do sistema aqui, são os milhões de Portugueses que vivem diariamente estes dramas e estão completamente à mercê destes criminosos sem nenhuma protecção. Coitadinhos e vítimas do sistema aqui, são as famílias dessas vítimas que tem que gastar o que não tem para se defender. Esta sociedade está anestesiada e numa vergonhosa espiral de inversão de valores.Como vítima tenho este direito. Adorava saber que tinham esmurrado a cara a um Juiz.

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