quarta-feira, 11 de maio de 2011

Galáxia de beijos

Gosto de ouvir falar de coisas que desconheço, principalmente se vêm pela voz ou pelas mãos de alguém que eu idolatro. É o caso.
A pessoa em questão fez o favor de fazer escala em Lisboa durante umas horas e tive a oportunidade de lhe fazer companhia ao jantar, por entre conversas, recordações e novidades.
Deu-me um livro do qual falarei quando o tiver terminado, mas sobre o qual posso adiantar que, como objecto, é belíssimo e, sendo sugerido por quem é, só pode ser de boa cepa: We, the Drowned, de Carsten Jensen.
Como a saudade entre nós é uma nascente cristalina, vamos trocando mensagens por e-mail e ontem reclamei pela falta de despedida em condições!
Para se redimir, para além de me ter sugerido ver Genesis, de Nacho Cerdá, despediu-se de mim com o envio de uma galáxia de beijos, que recebi e na qual ainda me osculo.
É nestes momentos que sorrio, toda, cheia, feliz.
Melhor, só se tivesse recebido uma carta, à moda antiga, escrita à mão, em papel de preferência amarelecido, com pétalas de rosas que podiam ter sido colhidas nos maravilhosos jardins de Serralves, uma carta de amor, pois que outro nome têm as cartas verdadeiras?
Porque procuramos sempre o óptimo? Porque sabemos que podemos lá chegar! Com esta certeza vivo na esperança de um dia receber uma carta assim, uma coisa muito adolescente, mas muito viva, crua e imediatista. Uma carta que viesse da própria Terra do Nunca, era isso mesmo que queria receber.
Sonho demais, diz a minha mãe, que não se cansa de afirmar diante de tudo e todos que sou uma sonhadora, como se fosse sinónimo de mentecapta. Vou passar a dizer que acredito em milagres!, e talvez assim, pela vertente religiosa, ela não abane tanto a cabeça olhando para mim, em sinal de desaprovação. Além do mais, eu acredito mesmo em milagres!

1 comentário:

  1. Uma Galáxia de beijos?...Pois seja. Eu subo a parada para um Tsunami de beijos! Seguido de um tremor de terra escala 7 no sítio do amor. E agora?...

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