Apesar de não ter um chavo a única coisa que me dá alento é pensar nas férias. Que vão ser boas, que vão ser grandes, que vão ser longas, que vão ser tranquilizantes, que vão ser férias.
Cansada e adoentada, sem vontade de nada mas a esforçar-me para fazer tudo - estive em casa com um pé avariado e tiraram-me sete dias de ordenado, apesar de ter faltado só cinco, pois meteu um fim-de-semana pelo meio, e não me posso dar ao luxo de faltar um só dia - arrasto-me da cama para o trabalho e do trabalho para a cama, carregando as preocupações inerentes ao estado de saúde do meu pai, agudas neste momento, não obstante já estar em casa, e também da minha mãe, cujo amigo alemão a transtorna mais de dia para dia.
No trabalho estamos a passar um pico de intensidade enorme com as equipas de avaliação externas a visitarem-nos de quinze em quinze dias. Cada departamento é avaliado uma vez e os encontros com o pessoal não docente pressupõem a intervenção de um grupo de pessoas, que eu integro, que bota discurso durante uma hora, nada de mais. Porém, e aqui reside o fundamental, para cada visita das equipas de avaliação é preciso reunir a produção científica de cada departamento. E quem é que faz este trabalho? A Biblioteca. Assim, ainda não terminámos um e já estamos a lamber outra lista, a verificar existências, a recolher documentos, a armazená-los, a transportá-los para o local das reuniões, a organizá-los numa exposição que obedece a determinados critérios. Imediatamente a seguir é preciso fazer o percurso todo ao contrário e devolver a documentação aos seus respectivos lugares, ou seja, enquanto cada departamento descansa a seguir à sua avaliação, nós reiniciamos o processo.
Mas como se isto não chegasse ainda há a visita às instalações onde a Biblioteca é examinada in loco pelos elementos da equipa que fazem perguntas e querem ver tudo.
Em resumo, para a Biblioteca é um trabalho de maluquinhos e, apesar de já termos pedido que consultem o catálogo on line, verificando assim as existências, insistem em ver a produção isolada numa sala que, ainda por cima, fica longe da Biblioteca.
Eu quero férias, por favor!
Por inerência de funções assisti a um evento promovido por uma agência de viagens onde a Áurea iria actuar. Fui e vim carregada de sonhos em formato de catálogo, não vi a Áurea, adoentada que já estava não aguentei mais de uma hora em pé, mas assoberbei a minha sede de férias. Ainda me ri com uma senhora que me sugeriu vários destinos, pontaria das pontarias, todos já meus conhecidos. Quando lhe disse ela fez cara de quem não acreditava em mim, como se eu estivesse a armar-me aos cucos. Não me passou despercebido o seu olhar à minha roupa - havia dress code e eu não sabia - e algures pela cabeça passou-lhe a ideia que aquela pelintra mal vestida estava a inventar quando dizia que já tinha estado na Rússia e na China, no Sahara e na Jordânia, em vários países das Caraíbas entre outros locais. Confirmei esta sensação no dia seguinte quando uma conhecida minha da agência de viagens me telefonou a comentar uma conversa entre ela e a dita senhora, tendo ela confirmado os carimbos do meu passaporte. Foi só rir.
Mas eu continuo a querer férias, descanso, quero estar com os meus sobrinhos sem horas para fazer nada para podermos fazer tudo ao mesmo tempo, quero planear ir a um sítio e à última hora ir a outro, quero acordar cedo, adoro, para ter a perspectiva de um dia longo de mimos e de conversas. Quero um bocado de sossego. É pedir muito?
Cansada e adoentada, sem vontade de nada mas a esforçar-me para fazer tudo - estive em casa com um pé avariado e tiraram-me sete dias de ordenado, apesar de ter faltado só cinco, pois meteu um fim-de-semana pelo meio, e não me posso dar ao luxo de faltar um só dia - arrasto-me da cama para o trabalho e do trabalho para a cama, carregando as preocupações inerentes ao estado de saúde do meu pai, agudas neste momento, não obstante já estar em casa, e também da minha mãe, cujo amigo alemão a transtorna mais de dia para dia.
No trabalho estamos a passar um pico de intensidade enorme com as equipas de avaliação externas a visitarem-nos de quinze em quinze dias. Cada departamento é avaliado uma vez e os encontros com o pessoal não docente pressupõem a intervenção de um grupo de pessoas, que eu integro, que bota discurso durante uma hora, nada de mais. Porém, e aqui reside o fundamental, para cada visita das equipas de avaliação é preciso reunir a produção científica de cada departamento. E quem é que faz este trabalho? A Biblioteca. Assim, ainda não terminámos um e já estamos a lamber outra lista, a verificar existências, a recolher documentos, a armazená-los, a transportá-los para o local das reuniões, a organizá-los numa exposição que obedece a determinados critérios. Imediatamente a seguir é preciso fazer o percurso todo ao contrário e devolver a documentação aos seus respectivos lugares, ou seja, enquanto cada departamento descansa a seguir à sua avaliação, nós reiniciamos o processo.
Mas como se isto não chegasse ainda há a visita às instalações onde a Biblioteca é examinada in loco pelos elementos da equipa que fazem perguntas e querem ver tudo.
Em resumo, para a Biblioteca é um trabalho de maluquinhos e, apesar de já termos pedido que consultem o catálogo on line, verificando assim as existências, insistem em ver a produção isolada numa sala que, ainda por cima, fica longe da Biblioteca.
Eu quero férias, por favor!
Por inerência de funções assisti a um evento promovido por uma agência de viagens onde a Áurea iria actuar. Fui e vim carregada de sonhos em formato de catálogo, não vi a Áurea, adoentada que já estava não aguentei mais de uma hora em pé, mas assoberbei a minha sede de férias. Ainda me ri com uma senhora que me sugeriu vários destinos, pontaria das pontarias, todos já meus conhecidos. Quando lhe disse ela fez cara de quem não acreditava em mim, como se eu estivesse a armar-me aos cucos. Não me passou despercebido o seu olhar à minha roupa - havia dress code e eu não sabia - e algures pela cabeça passou-lhe a ideia que aquela pelintra mal vestida estava a inventar quando dizia que já tinha estado na Rússia e na China, no Sahara e na Jordânia, em vários países das Caraíbas entre outros locais. Confirmei esta sensação no dia seguinte quando uma conhecida minha da agência de viagens me telefonou a comentar uma conversa entre ela e a dita senhora, tendo ela confirmado os carimbos do meu passaporte. Foi só rir.
Mas eu continuo a querer férias, descanso, quero estar com os meus sobrinhos sem horas para fazer nada para podermos fazer tudo ao mesmo tempo, quero planear ir a um sítio e à última hora ir a outro, quero acordar cedo, adoro, para ter a perspectiva de um dia longo de mimos e de conversas. Quero um bocado de sossego. É pedir muito?
Mas tu és mesmo aldrabona fofinha!...Então mente-se assim descaradamente às pessoas??!! Estives-te aonde? No Sahara?Mas isso é uma discoteca em Setúbal, certo? "As Caraíbas" são um salão de massagens orientais ali para os lados de Benfica,não? China? Mas tu nem sequer conseguias lá chegar com o teu famoso sentido de orientação!Os lisboetas são mesmo convencidos! E gostam de se armar aos cucos, periquitos, papagaios, etc....
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